...

Hans Georg Gadamer: Método e Verdade.

1900-1002.

A História não nos pertence: Somos nós que pertencemos a ela.

Interpretar é ideologizar a hermeneutica, não existem verdades corretas, metodos epistemológicos que não sejam ideologicos.

Interpretamos o mundo, todavia, nao compreendemos o mundo.

Como compreender a natureza das coisas, quando a compreensao em sintese é projeçao do intelecto sistematizado.

Simplesmente não existem verdades, o que há é nosso desejo ideologizado da verdade.

O que é a verdade a não serem um conjunto de proposições ideologizadas pelo sujeito cognitivo.

Desse modo, o que é a interpretação como produto da hermeneutica, o esforço permanente para compreender o próprio entendimento.

O ato de compreender muito dificil em razão das diversidades epistemológicas, sendo assim, qualquer hermeneutização é apenas uma das ideologizações.

A compreensão é praticamente impossivel, a verdade é inexistente, pois toda forma de verdade é antes de tudo ideologizações das proposições.

O que é o método da compreensão, a não ser o próprio entendimento deturpado, pelo menos parcialmente, compreender nesse sentido é exatamente a não compreensao.

Sendo assim, não existe o entendimento, o que há mesmo é a deturpaçao da hermeneutica, desse modo, é epistemologizado a comprensao, sendo um ato do saber, um nao saber da verdade.

Toda análise resulta-se de uma compreensão inadequada da realidade, a razão não é lógica, tal conceituação um disfarce epistemológico.

Entretanto, tudo é histórico como produção de uma cultura essencialmente alienada, o que existem mesmo são preconceitos e crenças que nos levam a interpretar o mundo equivocadamente.

A lógica do entendimento do mundo, fundamenta-se em supertições, criações teleológicas mistificadoras, não possivel a ratio, compreensiva objetivamente.

Com efeito, o entendimento do mundo é uma ilusão, resultada da evolução histórica do próprio pensamento.

Sendo assim, não existem verdades, apenas ilusões, as interpretações são ideologizações dos conceitos trabalhados ilogicamente em racionalizações epistemológicas.

O que significa que tudo é produto do tempo, dos modelos culturais. Com efeito, não é possível a interpretação, o sujeito estando fora da História, porque a História é produto da cultura, dialeticamente compreensível.

Nesse sentido Gadamer entende que nenhuma interpretação é objetiva, queiramos ou não, não é possível pelo procedimento científico descartar totalmente o preconceito.

A memória humana subjetivamente não consegue libertar totalmente das predisposições impostas ou construídas por ela mesma. Todo forma de conhecimento parte de tal predisposição.

Motivo pelo qual a interpretação é sempre subjetiva depende essencialmente, não apenas do tempo histórico, modelo cultural, mas, sobretudo, do sujeito que desenvolve o mecanismo da análise.

Com efeito, o que vemos ou entendemos, depende das naturezas anteriores predeterminadas em nossas memórias, para as interpretações, sem as quais não compreendemos nada. O homem é sua cultura e história.

Gadamer entende o mecanismo da interpretação, como uma conversa com a História, modelos culturais, que determinam o modo de ser da vida.

O processo de compreensão do eu, a longa tradição em todos os aspectos, determinam normas, valores culturais, preconceitos e noções morais.

A interpretação, ou seja, o método hermenêutico não é puro, depende de todas essas codificações descritas. O dialogo é o melhor caminho, o que Gadamer denomina de fusão dos horizontes, por outras palavras perspectivas diversas.

O entendimento do mundo, em tal simbiose sintética, elaborada a partir dos modelos culturais complexos e diversos.

Com efeito, leva ao sujeito, a cada tempo histórico, desenvolver o nível mais profundo do conhecimento humano e das coisas, pela subjetividade no uso da hermenêutica da interpretação.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 12/05/2018
Código do texto: T6334154
Classificação de conteúdo: seguro