A história de um seminarista lazarista.

Anos 70 do século XX.

Sabe o que é ser novinho.

Em um sábado a tarde.

No começo de fevereiro.

Na beira de uma estrada de terra.

Esperando pelo o único ônibus que passaria naquele caminho.

Uma estrada de terra vermelha, cheia de lama.

Chovia muito.

Tinha que voltar ao seminário na cidade de Campina verde.

Para poder estudar.

O ônibus não passava.

O céu esta cheio de nuvens.

Tinha deixando a fazenda douradinho no municipio de Itapagipe Minas Gerais.

Então meus olhos enchiam de lagrimas.

Tinha medo, com fome, sem nada para comer.

O único carro que passou por aquele caminho.

Um jipe inglês.

O dono do Jipe um senhor fazendeiro.

Disse a ele, eu sou seminarista.

Preciso voltar ao convento, estou apavorado e com medo.

Estou sozinho e não tenho domínio do meu destino.

Por favor a cidade não é longe.

Entrei no jipe e não parava de chorar.

Noite chegava, aquele fazendeiro foi misericordioso.

Levou-me ao seminário.

Ao descer do carro, correndo chamei o padre Felix.

Pedi ao meu querido padre Felix para pagar aquela viagem.

Entretanto, o senhor não quis cobrar.

Recordo desse fato, com lágrimas nos olhos.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 19/03/2018
Reeditado em 19/03/2018
Código do texto: T6284822
Classificação de conteúdo: seguro