O que é Hermenêutica para Hans Georg Gadamer.

Gadamer primeiramente procura mostrar a importância da Hermenêutica como método fenomenológico aplicado sobretudo, as ciências do espírito.

Portanto, indispensável a Hermenêutica para o desenvolvimento da exegese, seja qual for o método epistemológico.

Fundamental a Hermenêutica para ajudar na formação epistemológica da razão autônima em suas variáveis ideológicas.

Importância da episteme para fugir do ciclo vicioso, o que chamamos de opiniões do senso comum, predispostas.

Já que o homem é o seu cérebro, indispensável entender que toda forma de análise predispõe a memória estruturada cognitivamente a priori, condição a fortiori.

Com efeito, como existem multiplicidades de memórias estruturadas em suas variáveis complexas, desse modo afirma Gadamer.

Portanto, existem múltiplas interpretações de um mesmo fato fenomenológico, sendo assim, a Hermenêutica não é exatamente objetiva, muito mais ideológica, como definiu o mundo dos pós verdade, Foucault.

A pergunta fundamental, como desenvolver uma exegese cuja representação demostre uma interpretação objetiva.

O resultado é simples não existe exegese correta, da mesma forma a percepção, todo entendimento é essencialmente ideológico, político, histórico, Ponty, naturalmente subjetivo e ideológico Foucault, logocêntrico, Derrida, aproximado, Bachelard, incerto, Heisenberg, relativo, Einstein.

Sendo assim não há percepção correta, pelo fato da Hermenêutica ser subjetiva, múltipla e ideológica.

Toda interpretação é um ponto de vista gnosiológico, que poderá ser epistemológico ou apenas a representação do senso comum. O que é a exegese a reprodução de tal mecanicidade.

Desse modo, o que seria uma percepção certa, a particularidade de uma interpretação pessoal ideologizada a uma situação cultural e histórica.

Tudo é essencialmente insustentável, por fundamentar tão somente em ideologias subjetivas parciais, ciências do espírito, Dilthey, aproximada, método indutivo, ciências da natureza, Bachelard, subjetiva e ideológica, Foucault. Portanto, assim, formata a memória sapiens.

As interrogações são fundamentais, nelas estão os entrelaçamentos ideológicos que resultarão as respostas, a razão é sempre pré-condicionada, em função que toda memória formata holisticamente em sua perspectiva contaminada ideologicamente. Sendo assim, substancia-se o ciclo hermenêutico.

Portanto, Gadamer trabalha com uma Hermenêutica histórica, aberta a uma consciência dialética as novas experiências.

Sem com isso negar a relação intersubjetiva no uso da linguagem formulando uma exegese sempre evolutiva a novas descobertas.

O novo entendimento como produto das multiplicidades culturais, todavia, o que é a verdade, a não ser sempre a subjetivação do entendimento.

A experiência analítica Hermenêutica, por meio do confronto permanente, em tal dialeticidade, possível surgir o novo entendimento, eliminando o velho paradigma.

Desse modo, a importância da Hermenêutica.

Edjar Dias de Vasconcelos.