A volta a origem do princípio.

Além do átomo quântico inicial.

Que desencadeou a matéria no universo.

Pelo princípio da incausalidade.

O fundamento da antimatéria.

Presa a um tempo inexistente.

O que devo refletir nesse momento.

A origem do nada.

No vazio formatou a existência.

Abstrata tanto quanto a irrealidade.

A continuidade de um único instante.

Brilhou no horizonte o próprio fundamento.

Foi lá nas montanhas no mundo desértico.

Na Etiópia entre o solo e o calor.

O brilho da luz do sol.

Originou a sopa primitiva.

A primeira célula viva.

Duplicando interminavelmente.

Originando todas as espécies.

Elos intermináveis.

Formatando todas as formas de vida.

A origem primata.

De um salto qualitativo.

A espécie sapiens.

Em sua evolução conínua.

O bipedismo o nascimento da linguagem.

Da fala as ideologias.

As diversificações epistemológicas.

As formas de domínios.

A criação do Estado político.

A imaginação da alma.

A invenção dos deuses.

Desse modo, a evolução do espírito.

O entendimento da morte.

A volta ao estágio inicial.

A indignação da origem.

Como se tudo isso tivesse algum sentido.

Quando o significado, o mais absoluto vazio.

A história perdida aos grãos quânticos do medo.

A volta permanente para o fundamento do princípio.

Apenas a natureza do nada.

Edjar Dias de Vasconcelos.