A mais absoluta felicidade do mercado financeiro.
24-01-2018.
Você imagine uma pessoa pobre.
Muito pobre.
Um morador de rua.
Na mais extrema miséria.
Ganhou um prêmio na loteria de 200 milhões de reais.
Imagine a alegria de tal pessoa.
A sua felicidade será indescritível.
Proporcionalmente, é a mesma felicidade que a elite econômica teve nessa tarde 24 de janeiro de 2018.
Com a condenação do Presidente Lula.
Os ricos sabem que o neoliberalismo poderá ser estabelecido.
Asar dos sessenta milhões de brasileiros que vivem a miséria da Etiópia.
De outros cento e vinte milhões que ganham menos de dois mil reais mensais.
Os três milhões da classe média alta estão vivendo a mais absoluta felicidade.
Os bilionários pensam.
Qual a culpa que temos da sociedade brasileira a ser imbecilizada.
Nossa riqueza está garantida.
Uma parte da sociedade é ignorante se a televisão falar que o corpo de sapo é de ouro o povo acredita.
A respeito do Lula ter praticado ou não corrupção.
O problema não é esse.
Esse nordestino não vai nunca mais defender os miseráveis.
Agora pergunto?
Por que o Lula, Cunha, Cabral, e alguns outros.
Se corrupção foi generalizada.
Poderia fazer uma comparação de patrimônio.
Entre todos os que foram denunciados.
Gostaria de saber qual é o real patrimônio de cada um dos políticos.
Se Lula roubou ou não, uma parte da sociedade acha que foi perseguição política.
Se o Lula, não fosse condenado, ele ganharia a quinta eleição consecutiva.
Ganharia a sexta, a sétima e outras.
Se o Lula não fosse condenado, seria inútil o golpe institucional.
Bem nesse momento, acabou toda perspectiva minimamente de um projeto político social liberal.
Será implantando definitivamente o neoliberalismo.
Com efeito, os sessenta milhões de etíopes aumentarão.
Do mesmo modo, os demais cento e vinte milhões de pobres.
O Brasil será um país definitivamente de miseráveis.
Com efeito, a metáfora do cidadão pobre que ganharia os duzentos milhões de reais.
Contrariamente, a notícia recebida caiu um raio e matou toda sua família.
O pobre mendigo não terá ninguém mais para lhe dizer bom dia.
Triste história do povo brasileiro.
Edjar Dias de Vasconcelos.