Artigo, conto e crônica.
Consultando espaços especializados em língua portuguesa na área de redações, verificamos que, principalmente, para os leigos, como eu que não tem graduação em letras, raramente encontramos explicações práticas e objetivas sobre o que é um Artigo, um Conto ou uma Crônica.
Quando dizemos que não dispomos explicações práticas é porque as publicações a que tivemos acesso, mais enrolam que explicam. Um autor diz uma coisa e outros autores dizem outra coisa.
Por exemplo, o Artigo para os eruditos de academias é um texto longo que apresenta resultados de uma pesquisa específica sobre determinado assunto e com todos os requisitos de um trabalho de conclusão de curso, ou tese como abstract, referências, bibliografias e apresentado dentro da metodologia cientifica.
Para outros graduados, mas menos exigentes, um artigo pode ser um texto simples, com razoável cumprimento das regras de português, mas sem obediência de normas acadêmicas, porque apenas expõe a opinião do autor nem sempre versado em português.
Outros dizem ainda que ao se elaborar um artigo temos que observar todas as regras de redação, da língua e da escrita portuguesa, mas como existem muitas exceções e poréns nas classificações, nem todos os textos podem ser considerados artigos.
O que se deduz daí é que, como o número de exceções, aparentemente, superam o numero de regras, mesmo entre os letrados, sempre existe alguma dificuldade em se distinguir, rigorosamente, um artigo, um conto, ou uma crônica.
Muito bem, diante desse impasse, vamos dar a nossa opinião, de leigo, sobre o que consideramos ser um artigo, um conto e uma crônica.
Segundo o nosso entendimento, o Artigo é um texto simples e o mais democrático que existe, nele o autor pode discorrer sobre o que conhece e também sobre o que não conhece e, por isso mesmo, não há necessidade de referências, bibliografias e muito menos a obrigação de cumprir exigências de Normas Técnicas ou das complexas regras de português, ficando para o leitor ou para os entendidos concordar ou não com o conteúdo ou com a formatação do texto.
Já o Conto, é para nós, a narrativa de uma história ou acontecimento verídico ou fictício, na qual, também, o autor tem plena liberdade de usar um palavreado chulo ou corrente, com pouca ou nenhuma, obediência a ortodoxia acadêmica.
A Crônica, como é uma palavra que tem origem no Cronos, o deus grego do tempo, é uma narrativa em que o autor discorre sobre um acontecimento real ou fictício sempre obedecendo uma certa ordem cronológica. Mas também, não é só porque o autor faz as referencias de hora, dia, mês, ano ou século que o texto possa ser classificado como uma crônica. Por isso esta é, para nós, a mais difícil de ser classificada.