Quem de fato é o homem.
A respeito do mundo o que posso dizer.
É que não existe nenhuma lógica metafísica.
A única grande proposição.
O homem é exatamente igual.
O resto é dominação.
Qual o sentido da vida.
Não há sentido para vida.
Apenas uma variação primata.
Com o mesmíssimo DNA.
O homem se esgota na morte.
Posteriormente, nem mesmo a memória se prolonga.
Com raríssimas exceções.
O homem comum, apenas multiplicidades de células.
Qual sua finalidade, a continuidade da vida até onde for possível.
Deus um ideologia forjada em razão do desespero humano.
O homem destituído de tudo, diante da concentração da riqueza.
A produção da pobreza.
Portanto, precisa de deus.
Para suportar a própria loucura.
O que é a fé a representação da cultura transviada.
A verdade a respeito da matéria e da vida, simplesmente desesperadora.
Entender que a origem de tudo remonta-se ao nada.
A essência de todas as coisas é a antimatéria.
O vazio infinito, o absoluto vácuo, a única realidade possível.
A inexistência de partículas.
Portanto, a origem de tudo resultou do frio.
Deus um produto absurdo de uma razão sem imaginação.
Acreditar que o nada, criou um espírito causador de todas as coisas.
Tal ideia é muito mais que loucura.
O mais profundo delírio.
Metaforicamente pura ilusão.
O mesmo que uma pessoa imaginasse.
O vento transformando em ouro.
Caindo aos montes em nossas casas.
Em milhões de dólares.
O que é o homem então.
Solitariamente e vazio.
Desesperado ontologicamente.
Resquício do pós-químico.
Transformando eternamente na natureza.
Do mesmo modo todas as coisas.
O fim de todos os ofícios.
A modificação interminável do mundo natural.
Enquanto existir energia de hidrogênio.
Posteriormente, a eterna reconstituição primária.
A alma a mais absoluta fantasia da cognição.
A sorte que tivermos de desenvolvermos a linguagem.
Motivo pelo qual imaginamos que somos pessoas.
Quando sequer somos bichos.
Apenas a representação ideológica do nada.
Muito mais profundo que o existencialismo de Sartre.
Mais representativo que o materialismo de Camus.
Apenas a inexistência.
Edjar Dias de Vasconcelos.