O pensamento de Valter Benjamin.

Pertence a escola da teoria crítica marxista, seu pensamento está profundamente ligado as teses da Escola de Frankfurt.

Coloca em dúvida o poder da burguesia, os fundamentos da racionalidade moderna, critica a civilização ocidental como perspectiva política para o mundo.

Muito amigo de Theodor Adorno e Max Horkheimer, influenciando profundamente seus trabalhos, particularmente a obra principal, Dialética do esclarecimento.

Benjamin foi sem dúvida o primeiro entre os filosófisos de Frankfurt a questionar a ideologia do progresso, desse modo, não vê no liberalismo econômico, nenhuma perspectiva para o futuro do mundo.

Sua epistemologia metodológica de trabalho, compreendia que o materialismo histórico e sua dialética das contradições era o caminho científico para entender a ideologia do progresso.

Desse modo, como conceituação falsa, pois o caminho percorrido era a exploração do trabalhador por meio da mais valia.

Benjamin estava convencido que o pensamento burguês desenvolvido por ilusões progressistas envolvia convicções errôneas, uma visão acrítica da história e do desenvolvimento econômico.

O falso fundamento do sistema produtivo liberal, contribuiu e muito para cegueira do movimento operário alemão diante do fascismo, posteriormente, o nazismo.

O povo não percebia que fascismo era apenas uma manifestação patológica da modernidade pseudamente civilizada.

Benjamin usou os argumentos de Marx e Nietzsche para derrubar os mitos da civilização capitalista. Portanto, a defesa de uma sociedade sem classe, modelo marxista.

A importância, do combate ao messianismo acadêmico, procurou refundar o materialismo histórico politicamente.

Para Benjamin a história é uma luta constante do desenvolvimento das forças produtivas entre opressores e oprimidos. Portanto, rejeita o evolucionismo marxista vulgar a história como acumulação de conquistas.

Ao contrário de outros marxista membros da Escola de Frankfurt, entendia as classes oprimidas como a força emancipadora da humanidade.

Apesar de pessimista, não compartilhava a miopia dos partidos de massas, entretanto, ele via nas classes dominadas a única força capaz de mudar o sistema de dominação econômica.

Em síntese pode se afirmar que o pensamento de Valter Benjamin era fiel a ideia marxista de revolução.

Entretanto, contrariava a Marx, não definiu os oprimidos como a locomotiva da história, no entanto, tão somente eles poderiam interromper o curso catastrófico do liberalismo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 27/10/2017
Reeditado em 29/10/2017
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