Acordei cedo em Los Arcos e deixei o albergue imediatamente. Toda a cidade ainda dormia e não havia nenhum negócio aberto - teria que tomar meu café noutro lugar.
Comecei a seguir as setas amarelas que surgiam lentamente aqui e ali, ora pintadas sobre uma parede secular, ora quase imperceptíveis, desenhadas no chão e desgastadas pelas botas dos peregrinos.
Já havia deixado a cidade para trás havia algum tempo, quando os primeiros raios de sol começaram a tingir as nuvens de um tom rosa maravilhoso. Subitamente os pássaros começaram a disparar seus trinados matinais numa linda e perfeita sinfonia da natureza.
As nuvens trocaram o manto que as envolvia por outro, de um tom alaranjado, mas não menos belo que o anterior.
Isto tudo sob um céu azul-escuro que deixava entrever algumas tímidas estrelas que, aos poucos, iam se despedindo do cenário ofuscadas pela luz do dia. Era lindo demais!! Fazia um pouco de frio. Calculei uns 5 graus.
Após 7 quilômetros de caminhada avistei Sansol, um bonito povoado com menos de 100 habitantes, onde finalmente encontrei um bar aberto. Tomei ali meu café.
Mais adiante passei por Torres del Rio, igualmente bela e com cerca de 150 habitantes.
Eu estava conhecendo as entranhas da Espanha, seus intestinos, suas vísceras, algo que até mesmo muitos espanhóis ainda não viram.
Subitamente pensei a respeito disto tudo e senti um enorme orgulho. Teria muito que contar quando voltasse pra casa, com certeza.
Logo após Torres del Rio comecei a encontrar subidas e descidas bastante pronunciadas. O sol já começava a incomodar e resolvi tirar meu casaco de frio. Comecei a suar, o que detesto. Algumas moscas resolveram infernizar a minha vida e começaram a bater no meu rosto. Tentavam entrar pela minha boca, narinas e ouvidos. Acelerei o passo e elas finalmente me deixaram em paz.
Depois de ter caminhado por 19 quilômetros cheguei a Viana, outra agradável e histórica cidadezinha de 4.000 habitantes.
Resolvi conhecê-la melhor e decidi ficar. Afinal eu tinha dias de sobra para chegar a Santiago de Compostela. Hospedei-me num albergue "aderido" onde aproveitei para lavar e secar minha roupa, dividindo o custo da operação com duas jovens inglesas por sugestão delas próprias (acho que foi também porque viram minha dificuldade em operar a máquina). Primeiro a obrigação, depois a devoção.
Deixei o albergue e fui imediatamente tomar um canecão de cerveja para somente mais tarde conhecer a cidade.
Comecei a seguir as setas amarelas que surgiam lentamente aqui e ali, ora pintadas sobre uma parede secular, ora quase imperceptíveis, desenhadas no chão e desgastadas pelas botas dos peregrinos.
Já havia deixado a cidade para trás havia algum tempo, quando os primeiros raios de sol começaram a tingir as nuvens de um tom rosa maravilhoso. Subitamente os pássaros começaram a disparar seus trinados matinais numa linda e perfeita sinfonia da natureza.
As nuvens trocaram o manto que as envolvia por outro, de um tom alaranjado, mas não menos belo que o anterior.
Isto tudo sob um céu azul-escuro que deixava entrever algumas tímidas estrelas que, aos poucos, iam se despedindo do cenário ofuscadas pela luz do dia. Era lindo demais!! Fazia um pouco de frio. Calculei uns 5 graus.
Após 7 quilômetros de caminhada avistei Sansol, um bonito povoado com menos de 100 habitantes, onde finalmente encontrei um bar aberto. Tomei ali meu café.
Mais adiante passei por Torres del Rio, igualmente bela e com cerca de 150 habitantes.
Eu estava conhecendo as entranhas da Espanha, seus intestinos, suas vísceras, algo que até mesmo muitos espanhóis ainda não viram.
Subitamente pensei a respeito disto tudo e senti um enorme orgulho. Teria muito que contar quando voltasse pra casa, com certeza.
Logo após Torres del Rio comecei a encontrar subidas e descidas bastante pronunciadas. O sol já começava a incomodar e resolvi tirar meu casaco de frio. Comecei a suar, o que detesto. Algumas moscas resolveram infernizar a minha vida e começaram a bater no meu rosto. Tentavam entrar pela minha boca, narinas e ouvidos. Acelerei o passo e elas finalmente me deixaram em paz.
Depois de ter caminhado por 19 quilômetros cheguei a Viana, outra agradável e histórica cidadezinha de 4.000 habitantes.
Resolvi conhecê-la melhor e decidi ficar. Afinal eu tinha dias de sobra para chegar a Santiago de Compostela. Hospedei-me num albergue "aderido" onde aproveitei para lavar e secar minha roupa, dividindo o custo da operação com duas jovens inglesas por sugestão delas próprias (acho que foi também porque viram minha dificuldade em operar a máquina). Primeiro a obrigação, depois a devoção.
Deixei o albergue e fui imediatamente tomar um canecão de cerveja para somente mais tarde conhecer a cidade.