CRISE DO IMPÉRIO ROMANO =

RESUMO

Na ilha da Sicília e sul da Itália havia várias colônias gregas, que receberam o nome de Grande Grécia, as quais influenciaram de forma contundente a cultura romana. Nos sec. VII e VI AC. Os etruscos dominavam grande parte da Itália, embora fossem um povo agrícola eram exímios artesãos na cerâmica, metal e espelhos. Mantinham comercio relevantes com gregos e egípcios. Os piratas etruscos eram temidos em todo o mediterrâneo, praticavam a escravatura liderada pelo rei e pela aristocracia.

Roma estava sob domínio etrusco nos sec. VII e VI AC. Os etruscos tinham uma aliança de 12 cidades, mas disputas internas pelo poder no sec. VI aC. E conflitos com os gregos foram derrotados liderados por Roma. Os costumes língua ficaram sem ser decifrados.

Quanto a fundação de Roma, um rei da Alba Longa foi expulso pelo irmão e sua filha Rhea Silva foi feita vestal, tendo de cumprir voto de castidade. Ela deu a luz a gêmeos e o rei decretou a morte de ambos, ao serem lançados no rio não se afogaram e foram amamentados por uma loba. Foram criados por um agricultor e ao tomarem conhecimento de sua origem voltaram a cidade natal e destronaram o rei usurpador.

Em 21 de abril de 753 AC fundaram uma cidade denominada Roma, houve desentendimento e Rômulo matou Remo. Rômulo foi o 1º. Rei, Roma teve 6 reis sendo os 3 últimos etruscos. Sérvio Túlio dividiu Roma em 4 áreas e também em camadas sociais, os mais pobres os proletari formavam a classe mais baixa. O exército era formado por pessoas que podiam se armar por sua conta, portanto só os mais ricos e, tinham direito a voto na assembléia. No sec. VI Tarquínio foi banido e fundaram a república, porém quem dominava era a aristocracia chamada de patrícios. No outro extremo havia os plebeus que por questões de dívidas se tornavam escravos. Mas através do comercio alguns enriqueciam e exigiam direitos. O cargo mais elevado era o de cônsul (dois) eleito anualmente, mas o poder maior pertencia ao senado num total de 300, eleitos dentre a nobreza.

O senado controlava a política, exército e economia do Estado. Os representantes da plebe eram os centúrias que participavam de forma menos importante. Era um república aristocrata. O sec. V e III foram marcados por lutas entre patrícios e plebeus. Disputavam terras e posição política. O 1º. Episódio importante foi quando os plebeus deixaram Roma e acamparam no monte Sagrado em 494 aC. Os patrícios se renderam e concordaram com a criação do tribuno da plebe para defendê-los. A lei das 12 tabuas (leis escritas) foram criadas no ano de 450 aC. E todos estavam subordinados a ela. Os plebeus foram conquistando direitos e no a no de 367 podiam se candidatar a Cônsul e outros cargos. A união dos plebeus mais ricos com os patrícios deu origem a nobreza. No sec. V Roma domina toda a margem esquerda do rio Tibre.

No ano de 390 os celtas (gauleses) vieram pelo norte e invadiram Roma, exceto a colina do Capitólio. Em 350 aC. Roma já dominava toda a Itália central. No ano de 280 os romanos venceram Pirro e dominaram toda a Itália. E começa sua expansão.

Fundada no sec. IV AC. Cartago no norte da África era uma grande potência, com boa agricultura e comércio. Era um país dominado pela aristocracia e exploravam o trabalho escravo. A política era republicana com um senado de 300 e 30 eram escolhidos para chefiar, na tentativa de subjugar a Sicília entraram em conflito com Roma. Possuíam uma ótima esquadra e o exercito era composto por mercenários.

A 1ª. Guerra Púnica de 264 a 241 Roma precisou construir uma esquadra para enfrentar Cartago mas foram derrotados. Os romanos tentaram tomar a Córsega e a Sardenha.

Amilcar Barca um general cartaginês invade a Espanha levando o filho Aníbal com 11 anos.

A 2ª. Guerra Púnica de 218 a 216 Aníbal derrotou os romanos, mas não teve apoio de Cartago, o senado Cartaginês temia que se Aníbal vencesse poderia se tornar num ditador e Aníbal ficou isolado no sul da Itália.

Cipião um general romano teve algumas vitória na Espanha e em 202 decidiu invadir o norte da África, derrotou Cartago e impôs pesados tributos. Roma passa a dominar todo o mediterrâneo. Em 196 Roma invade a Grécia e expulsa os macedônios. Os gregos apenas trocaram de dominadores. Perseu rei da Macedônia tentou enfrentar Roma mas foram derrotados junto com Corinto. No ano de 146 nesse mesmo ano Cartago é derrotada definitivamente.

Sobre essas vitórias Roma se desenvolve a custas de muito dinheiro, objetos de valor e, escravos. A ilha de Delos se torna no centro comercial fornecedor de escravos. Mas teve seu lado negativo, durante as guerras por não poder cuidar da terra os camponeses que eram a base do exército romano, empobreceram e migraram para as cidades. Catão recomenda que os escravos fossem explorados ao máximo.

A 1ª. Revolta escrava foi na Sicília sob o comando de um escravo sírio chamado Euno. Os escravos tomaram toda a Sicília e entre 136 a 132 foram derrotados e reprimidos com muita crueldade. De 104 a 99 houve nova revolta que foi sufocada.

Tibério Graco no ano de 133 visando acabar com as revoltas propõe reforma agrária e algumas leis que descontentam o senado e em 132 é assassinado junto com 300 senadores. Seu irmão caçula Caio Graco foi morto no Monte Aventino em 121 aC. por desejar apoiar uma lei que desse o direito de cidadão romano aos partidários de Roma. Os ideais dos irmãos Graco não morreram com eles, deram origem a lutas do proletariado contra a aristocracia, por terras, direitos políticos e cidadania.

O general Caio Mario venceu o rei Jugurta e evitou um ataque celta pelo norte. Maria faz reformas no exército permitindo que a classe proletari componha fileiras. Druso foi assassinado motivando uma revolta em toda a Itália de 90 a 88, Roma sede e todos os Italianos tem direito a cidadania romana.

Mitrídates rei do Ponto cidade localizada na Grécia desafia Roma, Sila cônsul romano ia comandar o exército contra ele, mas o povo optou por escolher Caio Mario. Sila marchou sobre Roma e Mario foi obrigado a fugir. Sila expulsa Mitrídates da Grécia e retorna Roma para combater Mario que tinha tomado o poder. Mario morre em 85 aC. Em 83 Sila entra em Roma, persegue seus inimigos e implanta uma ditadura. Motivada pelas atrocidades a maior revolta escravista ocorre entre 73 e 71 liderada por Espartaco. Os escravos fugiram para o Monte Vesúvio formaram um exército de 120.000 homens, marchou para o sul mas foi derrotado e morto pela legião de Marco Crasso, após um batalha sangrenta 6000 escravos foram crucificados.

Luculo entre 74 e 64 marchou contra Mitrídates, mas por ser muito severo causou descontentamento entre os soldados, foi substituído por Pompeu que ajudou a derrotar Espartaco, derrotou o rei do Ponto e dominou todo o oriente, menos o Egito. Pompeu regressou a Roma e esmagou uma conspiração liderada por Catilina, onde ele junto com 3000 soldados morreram..

O 1º. Triunvirato foi formado no ano de 60aC. Por Pompeu, Crasso e Cesar. Cesar entre 58 e 52 invadiu e derrotou a Gália (França). No ano de 51 Cesar subjuga toda a Gália (França, Bélgica, Inglaterra) com 60 mil homens derrotou 300 mil. Cesar apóia Cleópatra contra seu irmão Ptolomeu. No ano de 49 Cesar entra em Roma vence Pompeu que foge para o Egito onde é assassinado. As tropas de Pompeu são derrotadas definitivamente no ano de 45 na Espanha, em 44 Caio Julio Cesar é assassinado.

O amigo de Cesar Marco Antonio assume o poder, Otavio filho adotivo de Cesar na época com 19 anos de idade afronta Marco Antonio apoiado pelo senado e por Cícero. Otavio derrota Marco Antonio e assume o poder formando o 2º. Triunvirato, Marco Antonio, Otavio e Lépido no ano de 42 aC. Nesse mesmo ano Brutos e seus amigos foram mortos na Macedônia. Marco Antonio se associa a Cleópatra e provoca a ira dos romanos. Em 31 Otavio vence Marco Antonio e domina o Egito.

No dia 13 de janeiro do ano 27 aC. Otavio é agraciado com o título de Augusto Cesar, é eleito o primeiro imperador romano, pondo um fim definitivo à república. Otavio foi imperador por 45 anos e sucedido pelo seu enteado Tibério no ano de 14 dC.

A era de Cesar Augusto foi denominada de o principado, sendo homem muito cauteloso tratava bem os senadores e tribunos, foi eleito Cônsul 13 vezes, alem de acumular a função de sumo sacerdote sob a alcunha de “Pai da Pátria” também era o comandante chefe das forças armadas. Embora sob a aparência de república todos os cargos importantes estavam em seu poder. A assembléia popular foi se desintegrando gradualmente, o povo não mais participavam das decisões políticas, viviam iludidos controlados pela política do “pão e circo”, ele buscava apoio dos nobres dentro e fora de Roma.

Promulgou severas leis contra o escravos, reduziu as legiões e criou a guarda pretoriana, formada por soldados de sua confiança. Optou em conquistar outros povos por acordos diplomáticos ao invés da guerra. No ano 9 as tribos germânicas se rebelaram provocando pesadas baixas nas tropas romanas. Morreu no ano 14 e ordenou que o poder imperial se tornasse hereditário, foi sucedido pelo seu enteado Tibério

Durante o Sec. I o imperador que mais se destacou foi Nero (54 a 64) por ser pervertido e cruel. Assassinou o irmão a mãe e muitos senadores, promovia gastos extravagantes com a corte, no ano 64 um incêndio destruiu 10 dos 14 bairros de Roma. Foi traído pela guarda pretoriana e obrigado a cometer suicídio. Nero foi sucedido por Vespasiano que ganhou fama em combater na Judéia, reinou de 69 a 79, Os filhos de Vespasiano o sucederam Tito e Domiciano. Durante o reinado de Tito o Monte Vesúvio entrou em erupção e cobriu de lavas e cinzas as cidades de Herculano e Pompéia.

Com Vespasiano e seus herdeiros deram o nome de era Flaviana, ou era dos Flavios, o imperador passou a confiar mais nos nobres onde lhes concedia títulos e terras alem de vagas no senado. Desta maneira, os principais proprietários de terras não só de Roma, mas de toda a Itália e do império também, tornavam-se o principal apoio do poder imperial.