Esvazie sua xícara: a arte de se renovar
Tempo de leitura estimado: 1 minuto apenas!
Conta a história que na era Meiji (entre 1868 e 1912), um professor universitário, intrigado com a admiração que o mestre zen chinês Nan-in despertava nos jovens, decidiu visita-lo. Ele se interessava pelo Zen Budismo, já havia lido muitos livros a respeito e durante a conversa com o mestre interrompia-o frequentemente impondo suas convicções e revelando sua incapacidade de ouvir e aprender.
Eis, então, que o mestre oferece uma xícara de chá ao professor e o serve pacientemente, e mesmo após enchê-la completamente, continuou, transbordando-a. O professor logo questiona: "Não percebe que a xícara está cheia e não cabe mais nenhuma gota? ”. Finalmente o mestre para de despejar o chá e diz serenamente:
“Assim como a xícara, o senhor também está cheio de opiniões e conceitos preestabelecidos. Sendo assim, como poderia entrar um novo ensinamento? Como poderei dar-lhe ideias e perspectivas se você não tem espaço para elas? ”. Após uma breve pausa: “Se você realmente busca o conhecimento constante, então deve esvaziar sempre a sua xícara!”
Nós gostamos de acumular coisas não é mesmo? Quanta roupa, sapato e caderno parado em nossa casa há anos servindo apenas de abrigo para traças, poeira e mofo. E seria bom se parasse por aí. Dentro de nossas cabeças o caos é muito maior. Nossa mente está transbordando de pensamentos, planos, ideias, crenças, preconceitos e opiniões ultrapassadas.
Estamos tão sufocados dentro de nós mesmos que mal conseguimos aproveitar o dia, sempre pensando no que precisa ser feito amanhã, semana que vem, o futuro perfeito quando eu tiver isso ou aquilo, quando eu perder tantos quilos, for promovido.... Poxa! Você nem sabe se vai conseguir terminar de ler esse texto!
E do outro lado, os que vivem remoendo angústias do que já passou, se julgando pelo que já não é mais. Mal começamos a conversar com uma pessoa e já listamos mil e um defeitos no seu jeito, nas suas roupas, no seu cabelo, nas suas crenças e ideias. Nossa cabeça grita tão alto que é quase impossível ouvir alguém.
Tudo bem, é claro que não dá para viver no presente o tempo todo, precisamos pensar, fazer planos, muitos planos, esse é o mundo de hoje! Mas é bom parar um pouco de vez em quando, “esvaziar a xícara”, como diz o mestre, e dar chance para algo novo. Enxergar o mundo, simplesmente, sem o véu dos julgamentos e das emoções, sem os temores do passado ou a ansiedade do futuro. Conversar com um familiar ou amigo íntimo como se fosse a primeira vez, sem medir, impor ou avaliar suas palavras.
Esvaziar a xícara é renovar! Deixar para trás o que já foi, abandonar o que já não lhe serve mais. Renovar-se! Dar espaço para novos ensinamentos, novas descobertas, novas possibilidades, novos pontos de vista, e quem sabe novas pessoas, novos relacionamentos e amigos, ou ainda desfrutar dos mesmos, mas de um jeito diferente, viver e fazer outras coisas!
Sirva-se bem, mas não se esqueça do conselho do mestre: esvazie a sua xícara sempre!
Tempo de leitura estimado: 1 minuto apenas!
Conta a história que na era Meiji (entre 1868 e 1912), um professor universitário, intrigado com a admiração que o mestre zen chinês Nan-in despertava nos jovens, decidiu visita-lo. Ele se interessava pelo Zen Budismo, já havia lido muitos livros a respeito e durante a conversa com o mestre interrompia-o frequentemente impondo suas convicções e revelando sua incapacidade de ouvir e aprender.
Eis, então, que o mestre oferece uma xícara de chá ao professor e o serve pacientemente, e mesmo após enchê-la completamente, continuou, transbordando-a. O professor logo questiona: "Não percebe que a xícara está cheia e não cabe mais nenhuma gota? ”. Finalmente o mestre para de despejar o chá e diz serenamente:
“Assim como a xícara, o senhor também está cheio de opiniões e conceitos preestabelecidos. Sendo assim, como poderia entrar um novo ensinamento? Como poderei dar-lhe ideias e perspectivas se você não tem espaço para elas? ”. Após uma breve pausa: “Se você realmente busca o conhecimento constante, então deve esvaziar sempre a sua xícara!”
Nós gostamos de acumular coisas não é mesmo? Quanta roupa, sapato e caderno parado em nossa casa há anos servindo apenas de abrigo para traças, poeira e mofo. E seria bom se parasse por aí. Dentro de nossas cabeças o caos é muito maior. Nossa mente está transbordando de pensamentos, planos, ideias, crenças, preconceitos e opiniões ultrapassadas.
Estamos tão sufocados dentro de nós mesmos que mal conseguimos aproveitar o dia, sempre pensando no que precisa ser feito amanhã, semana que vem, o futuro perfeito quando eu tiver isso ou aquilo, quando eu perder tantos quilos, for promovido.... Poxa! Você nem sabe se vai conseguir terminar de ler esse texto!
E do outro lado, os que vivem remoendo angústias do que já passou, se julgando pelo que já não é mais. Mal começamos a conversar com uma pessoa e já listamos mil e um defeitos no seu jeito, nas suas roupas, no seu cabelo, nas suas crenças e ideias. Nossa cabeça grita tão alto que é quase impossível ouvir alguém.
Tudo bem, é claro que não dá para viver no presente o tempo todo, precisamos pensar, fazer planos, muitos planos, esse é o mundo de hoje! Mas é bom parar um pouco de vez em quando, “esvaziar a xícara”, como diz o mestre, e dar chance para algo novo. Enxergar o mundo, simplesmente, sem o véu dos julgamentos e das emoções, sem os temores do passado ou a ansiedade do futuro. Conversar com um familiar ou amigo íntimo como se fosse a primeira vez, sem medir, impor ou avaliar suas palavras.
Esvaziar a xícara é renovar! Deixar para trás o que já foi, abandonar o que já não lhe serve mais. Renovar-se! Dar espaço para novos ensinamentos, novas descobertas, novas possibilidades, novos pontos de vista, e quem sabe novas pessoas, novos relacionamentos e amigos, ou ainda desfrutar dos mesmos, mas de um jeito diferente, viver e fazer outras coisas!
Sirva-se bem, mas não se esqueça do conselho do mestre: esvazie a sua xícara sempre!