A contemplação dos pássaros.
Uma estrela caiu do infinito e afundou o mar.
Eles escafederam.
A água estava podre e os peixes morreram.
Com efeito, a referida estava doente.
Não foi possível à produção do oxigênio.
O céu ficou escuro, sem hidrogênio.
Os animais ficaram coloridos.
A terra transformou-se em desértica.
Em cada canto um grito desesperado.
Acepção da terceira exclusão.
Então surgiam das cavernas elefantes brancos.
Caminhando pelas ruas.
Afundando as calçadas.
O retorno dos dinossauros.
a heteronomia dos sonhos.
Então os pássaros contemplavam como se fossem celestiais.
Construíram templos transformaram monstros em deuses.
Pregavam a imaginação.
Como se fossem possíveis os desejos.
A ignorância em essência.
O tempo passou, o mar desapareceu.
O sol exauriu.
Exortações de universos intermináveis.
Os profetas acreditaram.
Nada mais deveria ser indeterminado.
A não ser o afundamento das ruas complexas.
Elas reclamavam diariamente, como se os sinais fossem normais.
Trilhos e trilhas, montanhas infindáveis.
Posteriormente, um frio imenso.
Todavia, o recomeço, repetia-se a indigestão.
O resto do tempo, imensa solidão.
Os olhos estalados aos sussurros destinados.
Almas destituídas dos espíritos melancólicos.
Entretanto, a crença incompreensiva.
Nenhum outro mundo seria possível.
Apenas o delírio prematuro.
Porém, cheio de entendimentos fúteis.
Não faz ideia como eles de fato são.
Importante, seria a reconstituição do vazio.
Tão somente os fluidos estranhos.
Entretanto, se não existissem ruas afundadas.
Os anjos seriam reais.
Enquanto isso a prevalência das encruzilhadas.
Imponderáveis os sonhos perdidos ao mundo pasmado.
Edjar Dias de Vasconcelos.