Como entender a estrutura do pensamento de Ludwig Wittgenstein.
Filósofo lógico da linguagem, entende que é fundamental desenvolver uma psicanálise da fala. Para ele a maioria dos problemas da filosofia como fundamento das ciências era uma questão de comunicação.
Desse modo, o problema em si seria falso, a respeito do erro ou acerto. Certo exagero de Wittgenstein, o domínio da filosofia enquanto instrumento epistemológico.
A formação filosófica de Wittgenstein, pode ser dividida em dois momentos, a primeira fase figurada na sua grande obra, determinada como: Tractatus logico- philosophicus.
Nesse trabalho ele procurou descodificar a estrutura lógica do funcionamento da linguagem, entender bem como o cérebro é formatado culturalmente, as ideologias determinantes da estruturação da fala.
O que propõe o seu método, a linguagem deveria corresponder a realidade dos fatos, o que de algum modo é impossível, devido a estruturação a priori do mecanismo de funcionamento da memória.
Com efeito, a realidade é sempre pensável, portanto, devemos entender a realidade corretamente, a partir exatamente da totalidade do pensamento, como resultado das complexidades diversas, pensamento, igual linguagem e fato.
Posteriormente, diante das dificuldades propostas, Wittgenstein abandona tais preceitos, não sendo mais necessário o entendimento da verdade enquanto proposições necessárias como correspondentes a experiência como fruto da realidade.
Portanto, o filósofo passou a entender a impossibilidade de uma redução correta entre o conceito lógico da linguagem e o conceito empírico da realidade, tal compreensão do positivismo lógico não teria mais sentido.
Desse modo, a linguagem não é mais a captura sistemática da realidade, não sendo assim, a reprodução da realidade, muito mais um jogo de linguagem. Portanto, a mesma como fruto social do meio no qual o indivíduo está inserido.
Wittgenstein deixou de fazer uso da linguagem como meio para compreender a realidade, entendendo tal procedimento como ilusório.
A linguagem não poderia mais ser explicada por meio de uma metodologia lógica, devido seu uso social e ideológico.
Em outra magnífica obra: Investigações filosóficas, Wittgenstein explica a linguagem como caixa de ferramentas, portanto, seu novo posicionamento, a linguagem não é certa ou errada.
Portanto, qual a finalidade da fala por meio da memória, a filosofia deve adequá-la colocando seus limites, diante do que pode e deve ser falado como propósito a sustentação empírica da realidade científica.
Edjar Dias de Vasconcelos.