Irmãos Lassalistas no Sul de Minas
A marcante atuação dos Irmãos Lassalistas na educação de São Sebastião do Paraíso, sul de Minas, na década de 1940, tem uma estreita conexão com a mediação realizada pelo bispo Dom Hugo Bressane de Araújo, nomeado para dirigir a Diocese de Guaxupé, em 18 de setembro de 1940. Esse retorno permite entender parte dos momentos incertos da Segunda Guerra Mundial. Os referidos educadores, membros do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs, fundado por São João Batista de La Salle, há mais de três séculos, na França, estava vivendo uma fase de expansão na área de educação. Uma das características da pedagogia desenvolvida por esses religiosos católicos consistia em valorizar a formação humanística, bem como levar os jovens ao estudo das Ciências e da Matemática, em sintonia com os meados do século XX.
Assim que Dom Hugo Bressane assumiu a Diocese de Guaxupé, já havia um grupo de Irmãos Lassalistas, atuando em um colégio da cidade de Machado, na mesma região de Minas e terra natal do referido bispo. No início da década de 1940, havia um grande entusiasmo de valorização e reconhecimento pelo trabalho educacional realizado pelos Irmãos Lassalistas, visando atender aos desafios das mudanças da época. Depois de três décadas de atuação em diversas cidades do Rio Grande do Sul, a instituição estava ampliando seus colégios em algumas cidades da região sudeste.
Desde setembro de 1939, monsenhor Jerônimo Madureira Mancini era pároco de São Sebastião do Paraíso e o Ginásio Paraisense passava por um momento de transição, como tantos outros estabelecimentos de ensino secundário. Havia a imperiosa necessidade de atrair mais educadores que se dedicassem integralmente ao magistério. O desafio era proporcionar uma formação secundária que efetivamente preparasse os estudantes para o ingresso nos cursos superiores da época. Monsenhor Mancini relatou ao bispo as dificuldades do colégio, inaugurado em 1908, pelo padre Aristóteles Aristodemus Benatti. Dom Hugo Bressane escreveu então uma carta ao Superior da referida congregação, consultando sobre a possibilidade de enviar alguns Irmãos à cidade, para estudar a conveniência de assumir o contrato de arrendamento do Ginásio Paraisense, instituição que pertencia ao poder público municipal.
Três irmãos viajaram cerca de dois mil quilômetros, de Porto Alegre a Paraíso, passando pelo Rio de Janeiro, para iniciarem o projeto. Um deles era o experiente Irmão Gregório Matias, que já havia colaborado na instalação de um colégio no Rio de Janeiro; o segundo chamava-se Irmão Maurício, cujo nome civil era Isaac Maurice e o terceiro, Irmão Teodoro Luís, profundo conhecedor de ciências naturais. Esses três educadores iniciaram o período de 13 anos em que o Ginásio Paraisense foi administrado pelos Irmãos Lassalistas, entre 1944 e 1957.
Uma campanha foi realizada, com recursos doados por fazendeiros e comerciantes mais abastados, para adquirir uma fazenda, ao lado do prédio do estabelecimento, com cerca de 50 alqueires, cujas terras se estendiam até às proximidades do Morro do Baú. O primeiro diretor foi o Irmão Maurício, o secretário, Irmão Teodoro, e o Irmão Matias assumiu o cargo de prefeito de disciplina. Logo a seguir, chegaram outros irmãos educadores. Os rapazes matriculados no estabelecimento protestaram, quando, suas graciosas colegas de estudo, foram obrigadas a se transferirem para o Colégio Paula Frassinetti, seguindo o padrão ditado pela época, promotora de uma educação escolar diferenciada, mas, longe ainda de alcançar os estratos populares da sociedade. A todos os educadores citados, nossas reverências em nome da história.
Assim que Dom Hugo Bressane assumiu a Diocese de Guaxupé, já havia um grupo de Irmãos Lassalistas, atuando em um colégio da cidade de Machado, na mesma região de Minas e terra natal do referido bispo. No início da década de 1940, havia um grande entusiasmo de valorização e reconhecimento pelo trabalho educacional realizado pelos Irmãos Lassalistas, visando atender aos desafios das mudanças da época. Depois de três décadas de atuação em diversas cidades do Rio Grande do Sul, a instituição estava ampliando seus colégios em algumas cidades da região sudeste.
Desde setembro de 1939, monsenhor Jerônimo Madureira Mancini era pároco de São Sebastião do Paraíso e o Ginásio Paraisense passava por um momento de transição, como tantos outros estabelecimentos de ensino secundário. Havia a imperiosa necessidade de atrair mais educadores que se dedicassem integralmente ao magistério. O desafio era proporcionar uma formação secundária que efetivamente preparasse os estudantes para o ingresso nos cursos superiores da época. Monsenhor Mancini relatou ao bispo as dificuldades do colégio, inaugurado em 1908, pelo padre Aristóteles Aristodemus Benatti. Dom Hugo Bressane escreveu então uma carta ao Superior da referida congregação, consultando sobre a possibilidade de enviar alguns Irmãos à cidade, para estudar a conveniência de assumir o contrato de arrendamento do Ginásio Paraisense, instituição que pertencia ao poder público municipal.
Três irmãos viajaram cerca de dois mil quilômetros, de Porto Alegre a Paraíso, passando pelo Rio de Janeiro, para iniciarem o projeto. Um deles era o experiente Irmão Gregório Matias, que já havia colaborado na instalação de um colégio no Rio de Janeiro; o segundo chamava-se Irmão Maurício, cujo nome civil era Isaac Maurice e o terceiro, Irmão Teodoro Luís, profundo conhecedor de ciências naturais. Esses três educadores iniciaram o período de 13 anos em que o Ginásio Paraisense foi administrado pelos Irmãos Lassalistas, entre 1944 e 1957.
Uma campanha foi realizada, com recursos doados por fazendeiros e comerciantes mais abastados, para adquirir uma fazenda, ao lado do prédio do estabelecimento, com cerca de 50 alqueires, cujas terras se estendiam até às proximidades do Morro do Baú. O primeiro diretor foi o Irmão Maurício, o secretário, Irmão Teodoro, e o Irmão Matias assumiu o cargo de prefeito de disciplina. Logo a seguir, chegaram outros irmãos educadores. Os rapazes matriculados no estabelecimento protestaram, quando, suas graciosas colegas de estudo, foram obrigadas a se transferirem para o Colégio Paula Frassinetti, seguindo o padrão ditado pela época, promotora de uma educação escolar diferenciada, mas, longe ainda de alcançar os estratos populares da sociedade. A todos os educadores citados, nossas reverências em nome da história.