A SAGA DA FLORESTA AMAZÔNICA E O FUTURO INCERTO DE NOSSO POVO.
O modelo ZONA FRANCA DE MANAUS não aconteceu por um simples programa de desenvolvimento regional como muitos apregoam, mas este foi um dos mais bem elaborados programas de desenvolvimento sustentável do MUNDO, para a PRESERVAÇÃO DE NOSSO PLANETA TERRA, DE NOSSOS POVOS E DA SOBREVIVÊNCIA DE TODOS OS SERES VIVOS QUE NELA HABITAM.
Enquanto a Amazônia Legal possui aproximadamente 82% da floresta preservada apenas, em razão dos desmatamentos no Estado do Pará, Goiás e Mato Grosso o ESTADO DO, AMAZONAS com o advento da implantação da Zona Franca e do Distrito Industrial proporcionou ao Estado – em razão da atratividade criada com oferta de empregos na capital – a manutenção da intocabilidade da floresta com aproximadamente 98% de área preservada ainda hoje.
Nessas circunstâncias a cidade cresceu e tornou-se uma grande metrópole, encravada entre dois lindos e maravilhosos caudais d’águas, o Rio Solimões e o Rio Negro, recebendo a partir de seu encontro o nome de Rio Amazonas – o segundo maior rio em extensão e o primeiro em volume d’água do mundo.
Mas, nem tudo são flores... esse progresso que tornou o Estado do Amazonas em um dos maiores do país em IMPORTÂNCIA e em extensão territorial, transformou-o em um dos maiores arrecadadores de impostos do país, mesmo com os incentivos fiscais para compensação das diferenças regionais, pela logística complicada e distância do resto do Brasil e amarga um preço enorme que cobra aos filhos da terra dos mais de 60 municípios distantes da capital Manaus. Em razão dos empregos bem remunerados da capital amazonense é contínuo o êxodo rural que esvazia os municípios do Estado, deixando-o extremamente carente de oferta de emprego ou desenvolvimento tecnológico do interior, com sérios reflexos na educação, na saúde, na segurança, enfim na qualidade de vida de seus habitantes. Nas beiradas dos rios, principal via de transporte de carga e passageiros, por toda a extensão do Estado, não existe energia elétrica, água tratada, núcleos civilizados organizados e o percurso para as cidades mais distantes demoram 15 a 20 dias. E ainda assim, ocorrem nos corredores do Poder Central em Brasília movimentos camuflados para desestabilizar o Modelo Zona Franca de Manaus.
Enquanto aqui mantemos a intocabilidade da floresta a ferro e fogo, acompanhamos a quase total extinção da Mata Atlântica – com raras e minúsculas concentrações destas áreas nos Estados do Sul.
As chuvas que abundam durante o verão e permitem ao setor primário a  evolução cada vez mais crescente da produção agrícola em todo o país são resultantes dos chamados RIOS VOADORES – nuvens que se deslocam da Amazônia em grandes velocidades e banham as plantações e a todos os nossos irmãos que sequer se preocupam em tentar reflorestar as regiões do sul, como se a Amazônia lhes pertencessem e que nenhuma importância tivesse.
É muito triste verificar que a população do Brasil não tem a menor ideia do que representa nossa região para todo o povo brasileiro e para o mundo e talvez  verifiquem no futuro o quanto o passado seria importante se tivessem tido a curiosidade de reconhecer a sua real importância enquanto houvesse tempo.
Urias Sérgio de Freitas