Aquidauana na história da imprensa
Entre os jornais do início do século XX, no sul de Mato Grosso, estava A Razão, um dos primeiros que circulou em Aquidauana, impresso na tipografia de Antônio Alexandre de Barros. Esse semanário estava sob a direção do professor Jorge Bodstein Filho, que exercia o magistério em uma escola pública estadual de instrução primária para meninos. Alguns fragmentos de sua trajetória podem ser recuperados em jornais da época. Assim, temos a informação de que em edição de 3 de março de 1918, foram noticiadas as eleições gerais realizadas no dia 1º do mesmo mês, quando foi eleito Rodrigues Alves para a presidência da República.
A imprensa da época mostra que se tratava de um órgão de difusão dos interesses da região sulina do estado, cuja identidade estava inserida na bandeira separatista. Assim, o seu diretor começou a enfrentar dificuldades, reação da política centralizada em Cuiabá. Nos meados de 1918, como consta no expediente da secretaria do governo, o professor Bodstein foi suspenso do exercício do magistério, por um mês, sob a alegação de que ele havia publicado críticas ao governo, “dando um péssimo exemplo aos seus alunos”, conforme publicado em O Matto-Grosso.
O conhecido jornalista voltou a ser importunado outras vezes. O diretor geral da instrução pública, em portaria de 13 de outubro de 1919, voltou a suspendê-lo das funções públicas, pelas mesmas razões alegadas, no anto anterior. Desse modo, ao seguir sua linha combativa, outros jornais registraram a circulação de A Razão, entre 1918 até início de 1920, quando teve sua trajetória encerrada devido à destruição da tipografia em que era impresso. O jornal teria sido empastelado por supostos aliados da política situacionista. Uma detalhada reportagem sobre esse episódio está publicada no jornal cuiabano O Republicano, de 25 de abril de 1920, apresentando um veemente repúdio ao ato de violência sofrido pela pioneira imprensa aquidauanense.
O fato provocou profunda indignação no sul do estado e acirrou ainda mais o sentimento separatista. O semanário de divulgava informações de interesse da então progressista região sulina. Uma tática de resistência foi então divulgar o ocorrido na imprensa do Rio de Janeiro, quando já estava em discussão a liberdade de imprensa. Um dos motivos alegados para interromper as atividades do combativo jornalista foi a suposta incompatibilidade entre o cargo exercido pelo seu redator no magistério público e as consideradas críticas publicadas nas páginas de A Razão.
Mesmo com a destruição da pequena tipografia, como acontece no mito grego do “renascer das cinzas”, em 1923, foi lançado o primeiro número de A Gazeta do Sul, sob a direção do mesmo jornalista e professor, abrindo outro capítulo da história da impressa no Sul de Mato Grosso, associada ao longo movimento de constituição do atual Mato Grosso do Sul.
A imprensa da época mostra que se tratava de um órgão de difusão dos interesses da região sulina do estado, cuja identidade estava inserida na bandeira separatista. Assim, o seu diretor começou a enfrentar dificuldades, reação da política centralizada em Cuiabá. Nos meados de 1918, como consta no expediente da secretaria do governo, o professor Bodstein foi suspenso do exercício do magistério, por um mês, sob a alegação de que ele havia publicado críticas ao governo, “dando um péssimo exemplo aos seus alunos”, conforme publicado em O Matto-Grosso.
O conhecido jornalista voltou a ser importunado outras vezes. O diretor geral da instrução pública, em portaria de 13 de outubro de 1919, voltou a suspendê-lo das funções públicas, pelas mesmas razões alegadas, no anto anterior. Desse modo, ao seguir sua linha combativa, outros jornais registraram a circulação de A Razão, entre 1918 até início de 1920, quando teve sua trajetória encerrada devido à destruição da tipografia em que era impresso. O jornal teria sido empastelado por supostos aliados da política situacionista. Uma detalhada reportagem sobre esse episódio está publicada no jornal cuiabano O Republicano, de 25 de abril de 1920, apresentando um veemente repúdio ao ato de violência sofrido pela pioneira imprensa aquidauanense.
O fato provocou profunda indignação no sul do estado e acirrou ainda mais o sentimento separatista. O semanário de divulgava informações de interesse da então progressista região sulina. Uma tática de resistência foi então divulgar o ocorrido na imprensa do Rio de Janeiro, quando já estava em discussão a liberdade de imprensa. Um dos motivos alegados para interromper as atividades do combativo jornalista foi a suposta incompatibilidade entre o cargo exercido pelo seu redator no magistério público e as consideradas críticas publicadas nas páginas de A Razão.
Mesmo com a destruição da pequena tipografia, como acontece no mito grego do “renascer das cinzas”, em 1923, foi lançado o primeiro número de A Gazeta do Sul, sob a direção do mesmo jornalista e professor, abrindo outro capítulo da história da impressa no Sul de Mato Grosso, associada ao longo movimento de constituição do atual Mato Grosso do Sul.