Miranda na história da imprensa
Entre os mais antigos jornais do sul de Mato Grosso, nos últimos anos do século XIX, estava o Colombo, da histórica vila de Miranda. O seu lançamento ocorreu cerca de duas décadas após a publicação de O Iniciador, em 1877, primeiro jornal de Corumbá, e logo a seguir o desaparecimento de A Voz do Sul, de Nioaque, publicado entre 1894 e 1896. Essas datas estão na História do Jornalismo em Matto Grosso, de Rubens de Mendonça, publicada em 1951. Além dessa referência, outras duas auxiliam o retorno aos primeiros tempos da imprensa regional.
Estevão de Mendonça, pai do referido autor, publicou, em 1908, A imprensa no Matto Grosso, artigo no qual consta que, em Miranda, havia circulado o jornal Colombo, porém, não registrando o ano de sua criação. Essa mesma lacuna persiste no Album Graphico de Matto Grosso, de 1914. Assim, a intenção deste artigo é contribuir na tarefa de mostrar um pouco mais as raízes centenárias da imprensa sul-mato-grossense.
Logo após A Voz do Sul ter sido empastelado, o Republicano, de Cuiabá, em 18 de outubro de 1896, noticiou a instalação uma tipografia manual para lançar o primeiro jornal mirandense, sob a direção do professor Francisco Augusto Ribeiro. Esse mestre-escola fixou residência na vila, ainda solteiro, aos 23 anos de idade, para assumir uma vaga de professor interino de uma aula pública para meninos, conforme consta no expediente da diretoria de instrução pública provincial, do mês de setembro de 1888.
O professor conquistou respeito e simpatia na sociedade local. Casou-se com a filha de um próspero comerciante e deixou o magistério público para dirigir uma escola particular, denominada Curso Primário Christovão Colombo, confirmando a existência de raízes ancestrais que entrelaçam a atividade docente com o jornalismo. O mestre foi ainda amigo pessoal do destemido senador Generoso Ponce, com quem compartilhava os fervorosos ideais republicanos da virada para o século 20.
Antes de lançar o Colombo, Francisco Ribeiro colaborava na imprensa da capital, enviando artigos com notícias de Miranda. Seis anos após a instalação da tipografia, o seu jornal ainda estava sendo publicado. Em 30 de agosto de 1902, O Pharol, de Cuiabá, noticiou a chegada do paquete Rio Verde ao porto da capital, trazendo visitantes e as malas postais, com correspondências e as últimas edições dos jornais de Corumbá e do Colombo, de Miranda.
Esse retorno permite constatar que o primeiro jornal mirandense foi criado após a trajetória de A Voz do Sul, criado por iniciativa de João Ferreira de Mascarenhas, um dos difusores dos ideais separatistas da região sul de Mato Grosso. Esse mesmo líder político assinou manifesto, em 10 de janeiro de 1899, publicado, exatamente, nas páginas do Colombo. A todos esses protagonistas dos primeiros dias da imprensa sul-mato-grossense, nossas reverências em nome da história.
Estevão de Mendonça, pai do referido autor, publicou, em 1908, A imprensa no Matto Grosso, artigo no qual consta que, em Miranda, havia circulado o jornal Colombo, porém, não registrando o ano de sua criação. Essa mesma lacuna persiste no Album Graphico de Matto Grosso, de 1914. Assim, a intenção deste artigo é contribuir na tarefa de mostrar um pouco mais as raízes centenárias da imprensa sul-mato-grossense.
Logo após A Voz do Sul ter sido empastelado, o Republicano, de Cuiabá, em 18 de outubro de 1896, noticiou a instalação uma tipografia manual para lançar o primeiro jornal mirandense, sob a direção do professor Francisco Augusto Ribeiro. Esse mestre-escola fixou residência na vila, ainda solteiro, aos 23 anos de idade, para assumir uma vaga de professor interino de uma aula pública para meninos, conforme consta no expediente da diretoria de instrução pública provincial, do mês de setembro de 1888.
O professor conquistou respeito e simpatia na sociedade local. Casou-se com a filha de um próspero comerciante e deixou o magistério público para dirigir uma escola particular, denominada Curso Primário Christovão Colombo, confirmando a existência de raízes ancestrais que entrelaçam a atividade docente com o jornalismo. O mestre foi ainda amigo pessoal do destemido senador Generoso Ponce, com quem compartilhava os fervorosos ideais republicanos da virada para o século 20.
Antes de lançar o Colombo, Francisco Ribeiro colaborava na imprensa da capital, enviando artigos com notícias de Miranda. Seis anos após a instalação da tipografia, o seu jornal ainda estava sendo publicado. Em 30 de agosto de 1902, O Pharol, de Cuiabá, noticiou a chegada do paquete Rio Verde ao porto da capital, trazendo visitantes e as malas postais, com correspondências e as últimas edições dos jornais de Corumbá e do Colombo, de Miranda.
Esse retorno permite constatar que o primeiro jornal mirandense foi criado após a trajetória de A Voz do Sul, criado por iniciativa de João Ferreira de Mascarenhas, um dos difusores dos ideais separatistas da região sul de Mato Grosso. Esse mesmo líder político assinou manifesto, em 10 de janeiro de 1899, publicado, exatamente, nas páginas do Colombo. A todos esses protagonistas dos primeiros dias da imprensa sul-mato-grossense, nossas reverências em nome da história.