Traços da história da imprensa em Dourados
Em 4 de dezembro de 1928, o “Jornal do Comércio”, de Campo Grande, noticiou o lançamento do “Jandaia”, primeiro periódico de Dourados, no sul de Mato Grosso. A criação desse pequeno jornal, imprenso em uma tipografia de Campo Grande, resultou da arrojada iniciativa do jovem Arnulpho Fioravanti, cujo nome está inscrito na história da atual segunda cidade mais populosa do Mato Grosso do Sul.
O redator do jornal campo-grandense desejou ao novo “colega” de Dourados uma longa trajetória de sucesso, destacando o seu elegante formato, a publicação de notícias de interesse da população e a redação conduzida com muita inteligência e refinado senso de humor. Mesmo mostrando um evidente progresso social e urbano, Dourados ainda tinha o estatuto político de distrito, vinculado ao município de Ponta Porã, sendo elevado à categoria de município somente em 1935.
Recorremos a outros periódicos da época para visualizar o contexto e podemos destacar a realização de um “sarau dançante”, na noite de 13 de junho de 1928, para comemorar o dia de Santo Antônio. A animada festa aconteceu no então principal hotel de Dourados e foi organizada por um grupo de jovens, sob a liderança de Arnulpho Fioravanti, contando com a participação de várias famílias, senhoritas e cavalheiros.
Em textos memorais é possível encontrar o registro de que o referido órgão da imprensa douradense teria sido lançado dois anos antes daquele afirmado na primeira linha deste artigo. Apesar da importância da memória para retornar ao passado, resta o desafio de buscar outras fontes, se possível as primárias ou mesmo fontes indiretas que contribuam na tarefa coletiva de aproximar um pouco mais da deseja história.
Duas décadas depois, em maio de 1949, foi lançado “O Douradense”, sob a direção do jornalista Armando da Silva Carmello. Um outro quadro histórico estava acontecendo, ainda no calor inicial da redemocratização do País, ocorrida no pós-guerra. A equipe de colaboradores desse jornal incluía outros intelectuais, como o poeta Ulysses Serra, João Capilé Júnior, Isaac Barros, entre outros. Anunciava-se como órgão independente, sem vinculação com partidos e dedicado aos interesses do município.
No editorial de lançamento, o diretor expos sua opinião a respeito do papel da imprensa, ressaltando o compromisso de incentivar, através do novo jornal, todas as iniciativas progressistas. O texto revela uma clara consciência quanto à importância da imprensa, diante do compromisso de respeito às normas instituídas. O editor finaliza com as seguintes palavras: “Nós, deste órgão, que hoje aparece com a esperança de uma vida longa, tudo faremos para que esta florescente e hospitaleira terra seja, de fato, em tempos não muito remotos, um centro de real e positiva grandeza”.
A todos os cidadãos mencionados, nossas reverências em nome da história da imprensa e da cultura do Mato Grosso do Sul, de ontem e de todos os tempos.
O redator do jornal campo-grandense desejou ao novo “colega” de Dourados uma longa trajetória de sucesso, destacando o seu elegante formato, a publicação de notícias de interesse da população e a redação conduzida com muita inteligência e refinado senso de humor. Mesmo mostrando um evidente progresso social e urbano, Dourados ainda tinha o estatuto político de distrito, vinculado ao município de Ponta Porã, sendo elevado à categoria de município somente em 1935.
Recorremos a outros periódicos da época para visualizar o contexto e podemos destacar a realização de um “sarau dançante”, na noite de 13 de junho de 1928, para comemorar o dia de Santo Antônio. A animada festa aconteceu no então principal hotel de Dourados e foi organizada por um grupo de jovens, sob a liderança de Arnulpho Fioravanti, contando com a participação de várias famílias, senhoritas e cavalheiros.
Em textos memorais é possível encontrar o registro de que o referido órgão da imprensa douradense teria sido lançado dois anos antes daquele afirmado na primeira linha deste artigo. Apesar da importância da memória para retornar ao passado, resta o desafio de buscar outras fontes, se possível as primárias ou mesmo fontes indiretas que contribuam na tarefa coletiva de aproximar um pouco mais da deseja história.
Duas décadas depois, em maio de 1949, foi lançado “O Douradense”, sob a direção do jornalista Armando da Silva Carmello. Um outro quadro histórico estava acontecendo, ainda no calor inicial da redemocratização do País, ocorrida no pós-guerra. A equipe de colaboradores desse jornal incluía outros intelectuais, como o poeta Ulysses Serra, João Capilé Júnior, Isaac Barros, entre outros. Anunciava-se como órgão independente, sem vinculação com partidos e dedicado aos interesses do município.
No editorial de lançamento, o diretor expos sua opinião a respeito do papel da imprensa, ressaltando o compromisso de incentivar, através do novo jornal, todas as iniciativas progressistas. O texto revela uma clara consciência quanto à importância da imprensa, diante do compromisso de respeito às normas instituídas. O editor finaliza com as seguintes palavras: “Nós, deste órgão, que hoje aparece com a esperança de uma vida longa, tudo faremos para que esta florescente e hospitaleira terra seja, de fato, em tempos não muito remotos, um centro de real e positiva grandeza”.
A todos os cidadãos mencionados, nossas reverências em nome da história da imprensa e da cultura do Mato Grosso do Sul, de ontem e de todos os tempos.