“O Herói das Mil Faces”
“O Herói das Mil Faces”
Já que sem perigos, sem dificuldades, sem sofrimentos e sem luta não há glória...
Os inventores da Bíblia percebendo que para incrementar os causos, todo “super-herói” necessita de algum grande inimigo, inventaram o Demônio, o Inferno, o Purgatório e o suposto “Pecado Hereditário”; pois, sem o “Pecado Original” e a Ressurreição da personagem Jesus Cristo, não haveria motivo para a vinda de algum suposto “Salvador da Humanidade”.
No livro “O Herói das Mil Faces”, Joseph Campbell, que estudou diversas mitologias e sociedades, sintetizou que independente da época e da localização, todos os mitos ou heróis seguiriam uma determinada jornada, que poderíamos chamar de “A Jornada do Herói”,
Campbell explica que Para se tornar um “herói” a personagem primeiro recebe um “chamado”, tenta rejeitá-lo, mas é convencido aceitar a sua “missão”, passa por alguma difícil provação, encontra alguém ou algo que lhe da forças ou o ajuda fica mais forte, vence os obstáculos, liberta os companheiros, ou os lidera no caminho da redenção...
Se você pesquisar a vida de Tamuz, Moisés, Jesus, ou do seu herói preferido, e comparar com o roteiro de Campbell, concordará com a revelação fornecida por Jung no seu “Inconsciente coletivo”, onde é mostrado que os “deuses” dos humanos são o mesmo herói psicológico com mascaras diferente...
Ou seja, um arquétipo do inconsciente coletivo, a parte visível do inconsciente humano, e uma psiquê-social, pois a fé religio$a sendo parte do nosso “Inconsciente coletivo”, ela tanto seria adquirida de forma cultural, como herdada.
Até porque, se trataria de alguma “memória ancestral” onde um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças, seriam compartilhados por quase todos os indivíduos.
E mesmo que o individuo não seja algum “Doubling”, haveriam diferenças naquilo que achamos que somos; aquilo que os outros pensam que somos; e aquilo que realmente somos.
Simine Vazire afirmou que, "Há aspectos da nossa personalidade que os outros conhecem e que nós próprios não conhecemos; e explicou que, Não é que não saibamos nada sobre nós mesmos; mas sim, que o nosso entendimento é obstruído por pontos cegos, criados pelos nossos desejos, medos e motivações inconscientes...