Uma explicação plausível da morte.
A morte está sendo expropriada.
Como se não fosse um evento natural.
A morte faz parte do mesmo mecanismo da vida.
Tem a essência do mesmo fenômeno.
O homem vive e morre ao mesmo tempo.
Com efeito, em ultima instância o homem é um ser para morte.
O homem vive naturalmente para morrer Heidegger.
Para Nietzsche morrer para o sapiens é efetivação da ausência da vida no mundo.
O homem é um ser para morte, motivo pelo qual para Sartre.
Define a morte como o nada.
Sendo o homem a própria definição do nada.
Quando o homem morre é como se nunca tivesse existido.
A morte significa uma tragédia.
Razão pela qual o homem inventou deus.
Criou a alma.
O céu.
Mentido para si mesmo.
A criação de deus como ideologia resultou pelo fato do homem não ser o nada.
A morte foi desnaturalizada.
Descontextualizada da vida.
A ideologia da alma.
Uma invenção covarde pelo fato de ser associada a uma fantasmagoria ressurrecional.
Qual é a covardia de tal criação.
Associação da mesma a uma ética de cafajestice do domínio.
A instituição da injustiça em defesa de modelos políticos exploratórios.
Seguir as regras institucionalizadas das sociedades produtivas.
Desse modo, praticar a injustiça, significa continuar a existência enquanto alma.
Por ressuscitam aqueles que cumprirem as determinações éticas.
Portanto, o fruto do pecado como crime, é o mecanismo de continuidade do ser.
O uso de deus como se ele não tivesse cognição.
Como se fosse medíocre.
A projeção de uma antropologia popular.
O que na realidade deve ser entendido.
O sapiens caminha individualmente para o desaparecimento.
Do ponto de vista da individualidade e não da espécie.
A filogênese.
O homem não existe.
Simplesmente porque não existia antes.
O que não era antes não poderá ser depois.
O homem é apenas em seu pequeno tempo histórico.
Nada além dessa possibilidade.
Edjar Dias de Vasconcelos.