A fabricação das ciências.

O autor Alan Chalmers, desenvolve uma crítica epistemológica radical a respeito dos limites paradigmáticos científicos. Portanto, o que é uma mera ideologia, como critério de uma análise científica.

Com efeito, o fundamento do positivismo, como substrato, científico, a transferência do mesmo, como metodologia de análise para as ciências humanas.

Desse modo, Alan procura desenvolver sua análise, se por um lado, nega a glorificação das ciências pelos seus preceitos ideológicos. Por outro, estabelece limites a respeito dos critérios naturais científicos.

Polêmico, entretanto, desenvolve uma exposição sistemática demonstrando os principais problemas científicos contemporâneos, a questão da teoria da falseabilidade formulada por Karl Popper.

Apontam os caminhos objetivando os limites das ciências, sobretudo, da questão ideológica do método positivista. Procura destacar nas ciências as influências sociais e culturais, sobretudo, as questões políticas.

Por fim, a crítica da pseudo ciência, como se fosse uma ciência verdadeira, quando apenas difusão de ideologias.

Sendo assim, a crítica do método da experimentação, como se a indução por si mesma, possibilitasse a objetividade, naturalmente que é um mito empírico enquanto teoria cabal da verdade epistemológica.

Quando atende essencialmente perspectivas políticas. No entanto, algumas ciências tem exatamente tal proposição como História, Economia, Sociologia, parte da Filosofia entre outras ciências, as epistemologias do espírito.

Ainda refere especificamente a questão da objetividade pura, o que não é possível em nenhuma das ciências. Sendo dessa forma, muito menos na fenomenologia, por se tratar de uma ciência estritamente da interpretação, no uso da hermenêutica crítica.

No entanto, não existe outro caminho a não ser a utilização do método indutivo, aplicado na defesa da experimentação, o que significa diretamente a defesa das ciências da natureza.

Considera a ciência como um corpo sistemático, fechado nele mesmo. Todavia aberto dentro de suas epistemologizações substancializando suas revisões ou rupturas, autocorrigindo em muitas situações, sobretudo, nas ciências sociais.

Por fim, defende que a ideia central das ciências está na Filosofia como instrumento analítico, as condições naturais para o desenvolvimento de um método universal científico.

A defesa quando uma teoria é científica, subsequentemente racional, quando é irracional por representar interesses ideológicos, os pressupostos políticos de uma teoria epistemológica.

Os dois exemplos clássicos, o materialismo histórico dialético, fruto de uma reflexão marxista da História e da Filosofia.

Por outro lado, o positivismo lógico, a Filosofia política aplicada a base da ideologia neoliberal, modelo de Estado, cuja natureza a sustentabilidade de uma economia de mercado.

Sua crítica veemente quando o neopositivismo, transferir automaticamente das ciências da natureza para as ciências do espírito, sua epistemologização ideológica, tendo como objetivo e defesa de tal modelo político. Com efeito, não é ciência e sim uma mistificação.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 28/11/2016
Reeditado em 28/11/2016
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