O Conceito da alma em Santo Agostinho.
O conceito da alma em Santo Agostinho é grego, helênico, platônico, a alma separada do corpo, diferentemente do conceito Hebraico antigo, alma e corpo a mesma realidade.
Portanto, para Jesus a ressurreição é do corpo e da alma, para o pensamento cristológico a exegese não defende a ressureição como fenômeno do espírito. Para neurociência contemporânea, não existe separação entre cognição e matéria.
Desse modo, a ideia da alma separada do corpo, fruto do paganismo helênico herdado da cultura árabe. Para Santo Agostinho a alma é superiora a matéria, existe para doutrinar a mesma, cujo objetivo evitar o mal.
A grande questão colocada por Agostinho, que o espírito usa do livre arbítrio para inverter essa relação, deixando a matéria tomar conta do espírito, de tal mecanismo resulta o pecado. Com efeito, é necessário evitar a submissão do espírito a matéria.
Para Santo Agostinho, a matéria equivale a mudança da subordinação do eterno ao transitório, o que significa a substancialidade da essência para aparência.
Portanto, a verdadeira liberdade efetiva na harmonização nas ações com os preceitos divinos. O conceito desenvolvido por Santo Agostinho é resultado do paganismo grego, como fruto da Filosofia de Platão.
Desse modo, ser livre é servir a Deus, refletia Santo Agostinho, sendo que o prazer em pecar objetiva favorecer o espírito a escravidão.
Sendo assim, o demônio aproveita da falsa liberdade do espírito levando a alma para o inferno.
Entretanto, não deve ser entendido, que a salvação da alma, como uma realidade espiritual em si, não é o resultado do cristianismo de Jesus Cristo.
Perguntado a Jesus, como seria o homem ressuscitado, se seria o homem velho ou novo. Jesus simplesmente respondeu é um novo homem, uma nova realidade espiritual e material.
Assim sendo, Jesus nunca acreditou no conceito da alma, do modo que foi formulado por Santo Agostinho.
Edjar Dias de Vasconcelos.