Edgar Morin: O fundamento da Teoria do pensamento complexo.

Novo paradigma proposto, tem como finalidade o desenvolvimento de uma síntese entre dois caminhos distintos, o reducionismo particularista e o modelo epistemológico holista.

O Filosofo francês, Edgar Morin, formula uma crítica, quando os teóricos procuram entender os fenômenos separados do todo, ou seja, da teoria da complexidade, desenvolvem uma análise particularista, incompleta.

Desse modo, fica evidente, que o particular não é produto dele mesmo, um fenômeno em si, para si, sem nenhuma relação dialética com a complexidade.

Todas as coisas estão relacionadas em maior ou menor proporção com a totalidade, o fundamento da dialética constante, teoria sistêmica da compreensão holística do mundo.

Portanto, necessário evitar o reducionismo, todo procedimento, com tal proposição é essencialmente anticientífico, pois não verifica as razões das causas particularistas, teoria da complexidade.

Com a descoberta da teoria complexa, abordagem sistêmica, a verdadeira realidade é a sistematicidade do todo, a parte é apenas uma manifestação.

Com efeito, o grande perigo nesse momento, para os intelectuais não genuinamente dialéticos caírem em outro oposto.

O extremo da análise holista, o também reducionismo da teoria da complexidade, aplicação absoluta da totalidade como sistema.

Sendo assim, desse modo entende Edgar Morin, todo conhecimento é o resultado de uma análise sistemática fundamentada na teoria da complexidade.

Porém, profundamente sustentada na relação dialética, o todo e as partes, não existe a separação cognitiva das partes em relação ao todo, do mesmo modo a necessária defesa da relação precípua. Todavia, contrariamente, a não ser por ignorância epistemológica.

Com efeito, evitando a inversão do reducionismo, determinando como verdadeiro, apenas uma análise como se a totalidade fosse a própria complexidade em si, e, não a dialética das partes somadas.

Reflete Morin, uma análise como resultado de dois princípios fundamentais. O primeiro deles, o princípio da emergência.

A realidade de surgirem elementos que não estavam nas partes em estudo. A complexidade é maior que as partes.

Por outro lado, o princípio de imposição, a possibilidade das partes esconderem suas propriedades, em benefício de sua defesa ou da própria teoria da complexidade.

Desse modo, o todo impõe as partes, o significado da teoria da complexidade. Todavia, também, pode acontecer o fenômeno da repressão da análise, escondendo as partes a complexidade dos fatos fenomenológicos.

É fundamental que o analista entenda, que o todo é menor que as partes somadas, ou seja, a necessidade do isolamento de um fato fenomenológico, em estudo.

Com efeito, sendo assim, é fundamental, adotarmos, dialeticamente a prática epistemológica da relação contínua das partes com o todo.

Portanto, evitando todas as formas de reducionismos, na formulação e desenvolvimento de uma teoria complexa, para análise do entendimento da realidade fenomenologicamente.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/10/2016
Reeditado em 17/10/2016
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