Ação pedagógica e cognição inclusiva.

Toda ação pedagógica é política, não existe cognição epistemológica sem politização da ação. O homem é por natureza um animal político, Aristóteles. Entretanto, existem diversidades de cognições políticas nas ações pedagógicas.

No desenvolvimento de um conceito inclusivo pela cognição, fundamental, compreender as visões pedagógicas nos modelos educativos.

Portanto, os conceitos os quais são produtos de ideologias, que legitimam modelos políticos de sociedades produtivas, os quais negam a verdadeira inclusão que é antes de tudo é social.

Sendo desse modo, depende essencialmente do modelo de Estado, a ideologia de produção, o conservadorismo neoliberal, que deve ser superado nas formulações cognitivas, pedagogicamente, contrárias, as ideologias pedagógicas reprodutivistas.

Com efeito, necessário a escolha de uma cognição mais adequada da realidade política, com a finalidade de construir a cidadania, as visões de mundo, que são múltiplas. Portanto, como escolhermos procedimentos políticos corretos.

A escolha de conjuntos estruturais e valores, as ideias representadas cognitivamente, a perspectiva social determinada, no qual está inserido o modelo de Estado político pretendido.

Indispensável uma pedagogia dialética, que compreendam as principais visões ideológicas de mundo: A primeira, a pedagogia legitimadora de práticas não inclusivas socialmente.

Portanto, legitimadora, justificadora da ordem social das políticas não inclusivas, como se a cognição fosse neutra, proposição do neoliberalismo econômico.

Sendo assim, é fundamental, o uso da dialética crítica, como produto do materialismo histórico, uma cognição pedagógica, que aponta para superação de uma situação pedagógica discriminadora socialmente.

Com efeito, objetiva superar a ordem social de um prática pedagógica concentradora da renda, não se constroem cidadania em uma sociedade que não tem como objetivo a verdadeira inclusão, denominada pela mediação da renda distribuída.

A concepção de uma prática educacional dialética, nada que existe é absoluto, tudo que há é para mudar, pela compreensão da realidade pedagogicamente.

A cognição é o espírito epistemológico que afirma a ação inclusiva em defesa do modelo social político cientificamente, em defesa da superação da pobreza.

Não desenvolve uma ação pedagógica cognitiva dialética e crítica em uma sociedade concentradora da renda, motivo de negar a princípio os preceitos da economia de mercado.

A defesa da ação dialética cognitiva materialista, acepção da negação da eternidade dos fundamentos, nada é fixo, tudo é movimento, a transformação é eminente, por meio da pedagogia da construção do saber.

Sendo desse modo, a transformação é permanente, tudo que há na vida social e política está em constante movimento, a perpétua modificação, lógica dialética que deve ser aplicada as ações pedagógicas.

Pode se dizer que esse fenômeno não é apenas político, social, econômico, mas também natural, está explicitado também nas leis naturais.

A realidade natural também é perecível, do mesmo modo, a vida política produtiva, a cognição deve ser norteada a partir desse fundamento inquestionável, o sujeito da cognição pedagógica tem o mesmo preceito, em defesa da mudança.

Sendo assim, o elemento da dialética perpetuada, a transformação contínua do mundo, tal entendimento a sustentação da fenomenologia das ciências sociais.

O mundo existe para mudar e não para legitimar as relações conservadoras, como negação da evolução, a natureza precípua da ação pedagógica.

Com efeito, a dialética que se aplica a natureza não é a mesma como resultado das relações sociais, a dialética do espírito, construída pela razão consciente e crítica.

Todavia, diferente da dialética da natureza que resultou da evolução do desenvolvimento da complexidade da matéria.

Desse modo, a dialética do espírito é aquela que poderá ser modificada pela razão cognitiva.

O grande filósofo italiano Vico, tem uma definição a respeito da dialética da racionalidade, muito interessante, cuja definição epistemológica, deve ser ressaltada.

É que a dialética cultural foi produzida pelas ações humanas, pela história da produção das riquezas, em sintonia com os modelos políticos econômicos desenvolvidos socialmente.

Sendo assim, significa que é o homem que faz a história, que desenvolve a cognição política pedagógica, a diferença é que a história natural não é feita pela ação humana, fruto da evolução da natureza enquanto tal.

Portanto, aqui diferentemente, não se trata de entender a história do sistema solar, a evolução da biologia clássica em direção a sintética, o neodarwinismo.

A evolução da pedagogia cognitiva inclusiva objetiva a superação de um modelo liberal econômico, propulsor da exclusão, sobre todos os aspectos.

Portanto, é importante entender a história das civilizações, da mesma forma, os modelos sociais, como modo de produção, como é construída a riqueza e a renda concentrada.

Todavia, educar para conservar a sociedade não inclusiva, é em sua essência um ato anti pedagógico. Portanto, dessa forma, é fundamental a cognição transformadora.

A não inclusão está proporcionalmente relacionada com a ausência da renda distribuída, faz se fundamental um modelo social verdadeiramente inclusivo.

O marxismo é uma epistemologização fundamental, para entender o fenômeno da pobreza, a não inclusão social. Desse modo, uma cognição anti-dialética e legitimadora da ordem social.

Com efeito, uma cognição que aliena é uma ação pedagógica não cultural.

Não se cria mudanças com práticas conservadoras. A inclusão jamais aconteceu com modelos atrasados, a sociedade que caminha politicamente em direção a direiticização formulando ações em defesa da política neoliberal, desenvolvem práticas superadas pedagogicamente.

Marx reflete a partir do liberalismo econômico a direção intencional da cognição, dialética hegeliana, denominando de conhecimento ingênuo, a negação do pensamento crítico.

Desse modo, a falsa consciência, a necessidade de superação da dialética idealista que legitima realidades mistificadoras.

Objetivo da cognição idealista, manter a classe trabalhadora alienada.

Portanto, a ideologia como conceito negativo, pejorativo. A consciência deformada, sendo assim, necessário o pensamento não ideológico, reconstruído a partir do materialismo histórico.

A tradição historicista marxista, acontece em consideração aos aspectos essências do entendimento da economia liberal burguesa, o mecanismo pelo qual favoreceu na revolução liberal, a concentração da riqueza e a produção das desigualdades sociais.

Portanto, uma cognição que não leva em consideração os procedimentos da consciência crítica, não atende os fundamentos da inclusão social.

Desse modo, a cognição inicia na escola, porém, sua continuidade efetiva-se na sociedade política, a pedagogia não pode ser um instrumento cultural de dominação econômica.

Sendo assim, é nas instituições políticas onde encontram os verdadeiros mecanismos de dominação social, a real exclusão, o denominado Estado mínimo.

Portanto, sua essencialidade não é nem mesmo defender as estruturas políticas da produção, todavia, o capitalismo financeiro, a riqueza produzida pela especulação financeira e não pelo trabalho.

A cognição dialética, necessário entender os fenômenos econômicos e sociais, as leis da economia de mercado, como produto da ação pedagógica humana, em benefício da filosofia liberal.

Se essas leis são constituídas pela ação humana, pela consciência cognitiva política poderão ser superadas.

Com efeito, a eliminação da ideologia política como justificava da exclusão, deverá ser revolucionada por uma cognição epistemologizada na dialética do materialismo histórico.

Tão somente a cognição dialética, entende que a exclusão surge a partir do estabelecimento no liberalismo econômico, que tem como único objetivo, concentrar a renda e o desenvolvendo de um capitalismo para poucos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 06/10/2016
Reeditado em 07/10/2016
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