As diferenças epistemológicas entre transdisciplinaridade e interdisciplinaridade em um projeto pedagógico.

Qual o significado etimologicamente do termo técnico transdisciplinar ou transdisciplinaridade, com a interdisciplinaridade.

Podemos dizer que transdisciplinaridade é um enfoque diverso da teoria do conhecimento em referência a complexidade, com objetivo de melhor articular pedagogicamente o que é especificamente de cada disciplina.

Desse modo, são dois termos diferenciados em si, com o mesmo objetivo pedagógico, na compreensão mútua das naturezas científicas específicas.

Com efeito, objetiva o saber relativo cognitivo do que é específico, tanto dos fatos fenomenológicos, como das ciências da natureza, ou, das leis convencionais, aplicadas as especificidades disciplinares, Matemática e Linguagem.

Portanto, tem como finalidade o saber complexo, entretanto, não unificado, pois não são possíveis devido às diferenças fundamentais entre os três campos possíveis do saber cognitivo: ciências do espírito, ciências da natureza e ciencias da convencionalidade lógica.

Como muito bem explicitou epistemologicamente Wilhelm Dilthey, em sua hermenêutica da análise. No entanto, o uso específico de cada etimologia cognitivamente.

Quando a ciência é do campo da representação, o espírito analítico de Schopenhauer, as ciências humanas. Nesse caso em específico o método é essencialmente interdisciplinar, a representação define-se pela interpretação.

No segundo exemplo as ciências da natureza, não são do campo representativo, mas da explicação, motivo pelo qual não se aplica o método interdisciplinar.

Sendo desse modo, muito difícil interdisciplinarizar Química com Filosofia ou Física com Movimento Literário. Todavia, pode transdisciplinarizar em aspectos particularizados, entretanto, não na complexidade, todavia, a Filosofia pode ser usada como fundamentação.

Nesse caso específico usa-se o método indutivo, a exegese do que é específico da natureza do próprio método. O fato é explicável pela teoria da comprovação da hipotese.

As ciências da natureza podem até interdisciplinarizar entre-se, Química com Biologia, no entanto, não com as ciências da representação, ou seja, com as leis do espírito.

Portanto, quando as epistemologias resultam de processualidades culturais distintas. Com efeito, parcialmente ideológicas.

Uma terceira classificação das ciências que denomino de ciências das convencionalidades lógicas. Nesse caso usa-se como aplicação a lógica de análise a dedução cartesiana de substancialidade aristotélica. Sendo assim, não é possível aceitação das contradições em premissas inferiores.

Com efeito, entre elas estão classificadas a Matemática e a Linguagem. A questão morfológica de como se escreve e fala, a produção da própria literatura, o erro está proposto na produção da linguagem inadequada a formalidade.

Dois mais dois iguais a quatro, porque convencionou-se tal nominalidade, poderia ser igual a seis com a mesma representação, não sendo, obstante, tais proposições.

Pois é da convencionalidade, do mesmo modo, a linguagem, o ato de pronunciar corretamente, corresponde apenas com uma convenção, jamais a logicidade morfológica dos princípios da não contradição.

Desse modo, não tem necessariamente fundamento científico, estão ligados com os modelos culturais diversos, proposições cognitivas corretas, resultam de paradigmas melhores em suas leituras críticas.

Portanto, a acepção de unir as mais variadas disciplinas para que seja possível o exercício da efetivação tanto da interdisciplinaridade com da transdisciplinaridade, transformam-se em erros epistemológicos. A cognição não funciona com tais inferências.

Portanto, o olhar múltiplo na perspectiva anterior para entender a complexidade como desejou primeiramente Piaget e posteriormente, Edgar Morin, simplesmente um equívoco pedagógico.

Pelo fato de levarem em consideração, o resultado do não entendimento da natureza das diversidades científicas em seus campos específicos.

O que é interessante as Secretarias de Educação do Brasil não entendem tais equívocos, dados os não entendimentos filosóficos das diferenças naturais das ciências em especificas.

Dessa forma, é necessário ter muito cuidado, pois o equívoco no entendimento pedagógico, leva ao projeto pedagógico, os profissionais da educação a agirem possibilitando o relacionamento cognitivo entre as disciplinas como atos pedagógicos normais.

Portanto, amparando como se fossem da mesma natureza. Pois se efetivam convertendo em única esfera do conhecimento.

Ninguém defende verdades absolutas, a própria destruição histórica dos paradigmas, a evolução nas circunstâncias do tempo, é necessário o domínio nos campos específicos. Interdisciplinarizar é fundamental em suas naturezas próprias, do mesmo modo a transdisciplinaridade.

A construção entre as partes, na compreensão do todo, depende em primeiro lugar do que referimos. Não se deve pensar em ideias restritas. Porém, não se pode miscigenar as naturezas opostas, na ampliação mimética do convencimento em relação aos equívocos.

Deve recorrer a transdiciplinaridade sem nenhum problema, desde que não seja confundida com a interdisciplinaridade, e, que seja aplicada ao que é da natureza múltipla dos campos específicos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 06/10/2016
Reeditado em 06/10/2016
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