Mundo real
No fim, todos querem poder. As pessoas buscam - a grandes custos - dinheiro e mais dinheiro para terem reconhecimento, status e em última análise, poder. Ter uma mansão, sonhar com um carro importado, querer ser best-seller, tudo isso é instrumento para se expressar o desejo de poder do homem contemporâneo. Disputas de egos, infelizmente, trouxeram e trazem inúmeros conflitos e confrontos no mundo.
Inconscientes ou não, há diariamente lutas de classes sociais e grupos étnicos puramente por ganância do empoderamento. É o branco querendo mostrar que é melhor que o negro e vice e versa. É o homem querendo demonstrar superioridade social sobre a mulher e, também, o oposto. É o nacional querendo demonizar os imigrantes. É o ser humano querendo um poder ilusório.
O poder traz uma grande dicotomia funcional. Enquanto desejamos ser indivíduos de status superior precisamos do coletivo como público. Assim ouço muito falar em pensamento do bem estar social e na verdade o que a maioria almeja, na verdade, é uma casa na praia e uma lancha no píer.
A igualdade total não passa de mero absurdo ideal. Todos somos diferentes fisicamente e principalmente psicologicamente. Alguns com habilidades X outros com habilidades Y e pouquíssimos gênios excepcionais. Esse é o mundo real: um campo de guerra desigual, heterogêneo e complexo. Devemos, contudo, buscar sempre o equilíbrio – o caminho do meio – para termos o mínimo de harmonia.
Nas últimas décadas, principalmente, o mundo mudou. As relações sociais – profissionais, familiares, conjugais, entre outras - não são as mesmas do século passado, é notória essa percepção. Não discutimos – de verdade – no entanto, os novos papéis, individuais e coletivos, no contrato social do século atual. É elementar, por isso, levantarmos agora com urgência as grandes questões de ordem sobre todos nossos males modernos. Talvez, o diálogo ainda pode salvar o equilíbrio social.