O fundamento da inexistência de todas as coisas.

Nunca desejei ter ideologias.

Consegui não acreditar em coisas metafísicas.

Em teorias interpretativas.

Com sapiência a negação do mundo cultural.

Objetivo era ter um cérebro completamente vazio.

Do ponto de vista das verdades objetivas.

Jamais busquei significações porque não existem tais proposições.

Com efeito, não quis realizar nada devido à ausência essencial de sentido.

Qual é a finalidade de qualquer coisa, a não existência de alguma razão.

O mundo, a vida, apenas a mais absoluta ilusão.

O universo não tem sentido para si mesmo.

O homem, sobretudo, o mundo antropológico.

Toda significação é uma fantasia criada pela mente humana.

Presa a memória como substância do engano.

Nada existe, pois tudo volta ao ponto zero da anti-matéria.

De onde tudo se realizou pelo princípio da incausalidade.

O infinito em forma de vácuo, escuro e desértico, completamente vazio.

Muito bom que o mundo seja desse modo, todas as explicações pelo espírito são falseabilidades.

Pelo menos parcialmente.

Com efeito, não há propósitos, qualquer finalidade para existência é absurdo.

Temos que viver e contemplar o engano a luz das contradições.

Como muito bem pensou Camus.

Para vivermos plenamente, temos antes de tudo aceitar que a vida é sem sentido.

A existência uma loucura, pura anormalidade.

A única razão da vida, abraçarmos o absurdo com se fosse racional.

Quando entendemos o insignificado de tudo atingimos a maturidade.

Vivemos a felicidade, sem angústia, desse modo, chegamos à grandeza humana.

A liberdade é o ato da negação da ideologização de todas as coisas.

É fundamental a recusa à consciência, como muito bem refletiu Thomas Nagel.

Pela simples lógica.

O absurdo da essencialidade da consciência.

Por mais coerente que seja eternamente refletida como erro.

Todavia, é por ela a possibilidade da sua negação.

Entretanto, a respeito da consciência sapiens, o entendimento após a morte.

É como se nunca tivesse nascido.

Motivo pelo qual a existência define-se pela não existência.

A única realidade que de fato existe é o nada.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 10/09/2016
Reeditado em 10/09/2016
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