A história política do cristianismo a serviço da dominação econômica sobre os pobres, a religião como maldição.

O cristianismo, com a conversão estratégica do imperador Constantino, perdeu sua dimensão religiosa metafísica e transformou-se em instrumento de dominação.

O império romano estava sendo desagregado por invasões de tribos bárbaras diversas, cada uma delas com seus deuses tribais.

Era, portanto, necessário um deus único, para solidificar a nação, desse modo Roma transformaria em uma nação poderosa.

Constantino muito inteligente percebeu tal necessidade, transformou-se em um imperador defensor dos cristãos. Portanto, desse modo, os cristãos não aceitavam fazer parte do exército do Senado, entrando, para fazer do comando militar de Constantino.

Com efeito, transformou o exército de Constantino em poderoso. Motivo pelo qual venceu o Senado impondo como imperador, os demais imperadores seguiram a mesma lógica, Roma dominou o mundo.

O cristianismo foi o cimento ideológico que fez a sociedade feudal funcionar, o Estado feudal tinha como instrumento a religião, quando a sociedade entrava em crise, a inquisição condenava todos os revoltosos, evitando desse modo a mudança da natureza política do Estado.

Surgem as monarquias nacionais, sustentadas em ideologias religiosas, a burguesia começa nascer no interior da sociedade feudal e percebe que era impossível fazer uma revolução institucional no sentido de constituir uma sociedade politica fundamentada no liberalismo econômico.

Foi, portanto, necessário antes da realização da revolução liberal, caminho para criação do Estado moderno e posteriormente, a revolução industrial, desenvolver uma mudança religiosa, desse modo, surgiu a Reforma Protestante, em defesa do espírito do capitalismo moderno.

A Contra Reforma, foi à tentativa de perpetuar o Estado feudal, o atraso do desenvolvimento econômico.

As regiões da Europa, que assumiram a ideologia liberal da reforma desenvolveram economicamente e criaram as condições para fundar o Estado moderno a partir do espírito liberal do novo cristianismo.

Entretanto, a Reforma transformou-se em uma realização histórica em benefício apenas da burguesia, desenvolvimento econômico com a concentração da renda, desencadeando duas terríveis guerras mundiais.

Foi necessário realizar a segunda revolução, fundamentada no materialismo histórico, após diversas contradições, a sociedade desenvolvida culturalmente, percebe que a religião é um instrumento de atraso ao desenvolvimento social.

Portanto, a nova ideologia desenvolvimento econômico com a renda distribuída, denominado de liberalismo social.

Foi necessário o nascimento e desenvolvimento do ateísmo, a nova doutrina, a ideologia da divisão da riqueza produzida, o que aconteceu com o norte da Europa, a região Germânica e a parte Angla, como também a França latina.

Desse modo, estatisticamente, quanto mais ateu for um país, mais desenvolvido é o referido, com maior distribuição da renda, e, o liberalismo social como definição política de Estado.

Sendo assim, a parte rica da Europa atinge hoje, a porcentagem de mais de 90% da população ateia.

O ateísmo transformou-se em ideologia de justiça social. Modernamente, quanto mais cristão for um país, mais miserável é o seu povo.

O cristianismo foi transferido para periferia do mundo, onde existe o fenômeno da miséria, sendo que os movimentos diversos, que vão desde os carismáticos da Igreja católica as tipificações evangélicas, transformaram-se em ideologias de manter o atraso político e econômico no mundo periférico.

Desse modo, todos os países cujo povo tem fé, são países atrasados economicamente, esse fenômeno não atinge apenas ao cristianismo.

Analise a situação do Brasil, um congresso essencialmente religioso, uma política conservadora e atrasada, sem nenhuma perspectiva para nascimento de um Estado politico fundamentado no liberalismo social.

Portanto, não iguais aos Estados ricos da parte do mundo europeu, cujo povo é ateu, os fundamentalistas confundem ainda a natureza do Estado moderno que precisa ser laico e não religioso, além de invadir questões de foro íntimo.

O ateísmo tem sido historicamente o caminho para saída do atraso político, entretanto, no Brasil existe apenas 15 milhões de ateus, contra 190 milhões de crentes em suas diversas variações, sendo que maioria é conduzida por lideres oportunistas em todos os aspectos da vida politica e social.

Historicamente nenhum país cuja cultura do povo fosse sustentada por princípios religiosos, a nação não pode crescer desenvolvendo economicamente com justiça social, tal fenômeno desde a origem do cristianismo.

Quanto mais à nação crescer em uma fé fundamentalista, maior tem sido o atraso para o povo, no caso do Brasil os movimentos evangélicos fundamentalistas e o catolicismo carismático.

No Brasil, está acontecendo um fenômeno muito ruim para consciência crítica. O crescimento da fé fundamentalista com a opção eleitoral para tomada do poder institucional em uma perspectiva totalmente conservadora, usando a boa fé de pessoas simples com baixo nível de escolaridade.

São razões evidentes para a não evolução institucional do país, no sentido de estabelecer o Estado social liberal, como são os países desenvolvidos, produção da riqueza com a divisão da renda.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 24/07/2016
Reeditado em 26/07/2016
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