Cérebros múltiplos e memórias de conflitos.

A consciência é um fenômeno formando pela linguagem, por mecanismos culturais diversos determinados por códigos comportamentais.

Portanto, desse modo, funcionam os valores culturais de uma pessoa ou de um povo, adquirindo um modo específico de pensar e ser.

Todo cérebro é em síntese produto da estruturação da memória, com efeito, sejam individual ou coletiva, as multiplicidades de antropologias culturais, o que é entendido de múltiplas culturas, a respeito das diversidades culturais, entendimentos diversos de uma mesma realidade.

O cérebro em geral têm direcionamentos complexos, em acordo com procedimentos específicos oriundos de formações antagônicas. Sendo assim, não é possível à consciência especificamente, entendida, como estrito senso.

Os problemas psicológicos resultam de complexidades interpretativas, que podem ser verificadas empiricamente, por meio do método hermenêutico.

Com efeito, determinado sapiens, tem como fundamento de memória, sobreposições culturais, contraditoriamente, um paradigma logocêntrico.

O mecanismo memorial funciona desse modo, sem saber qual o logocentrismo representante da verdade, isso em nível de senso comum. Dessa forma, como se a mesmo existisse, a não percepção da ideologização de princípios.

O individuo se encontra absolutamente perdido, pois desconhece os fundamentos das orientações dos princípios, em sua lógica analítica, devido à ausência de convencimento, o que de certo modo teria que ser parcial, é absoluto.

Desse modo, tem um sistema simbólico de referência, a grande questão é que a referida como verdade epistemológica não existe, sendo a mesma apenas suposta objetividade como produto de ideologização.

O caminho escolhido deveria ser a relativização das consciências, ou sejam, das memórias sinteticamente organizadas em suas parcialidades. Com efeito, o logocentrismo sendo as relativizações das proporcionalidades, e, não as sobreposições como verdades miméticas.

Se o cérebro resulta de produções culturais diversas, antagônicas construídas por ideologias, sem procedimentos empíricos. Então qual seria o caminho da verdade, a não serem as proporcionalidades, dentro do tempo histórico e do espaço construído.

O que significa tal entendimento, o falso convencimento, sendo o resultado fruto das produções manipuladoras das ideologias diversas, a imposição de umas sobre outras, o entendimento pobre e multifacetado da consciência.

Desse modo, posso afirmar categoricamente, que pelo menos nas ciências do espírito, não existe um logos verdadeiro.

Sendo assim, a formatação como resultado contínuo, somente a ilusão, pois a razão necessita de um logocentrismo representativo. Em síntese que determina a mesma ser a ilusão de sua representação, movimentada pela interpretação.

Desse modo, são múltiplos os cérebros, como todos são fragmentos miméticos de construções reducionistas. A mecanicidade da memória funciona por falsos fundamentos, pelo menos parcialmente, a efetivação da interpretação sendo também deformação.

A saída proposta, como mecanismo não impositivo sistêmico imposto as padronizações, cérebros substanciados em diversas perspectivas, entretanto, a consciência particularizada não sabe sinteticamente, qual é o fundamento da verdade.

Os pressupostos são racionalidades articuladas artificialmente, cujo objeto, a prevalência de memórias múltiplas sobre coletivos subjugados. Portanto, dessa forma constrói se as razões problematizadas.

Quanto mais diversa for uma cultural nacional, mais problemático sociologicamente será o povo, a não ser quando formam culturalmente, falsos entendimentos, desenvolvendo logotipos ilusórios.

O que se denomina de memórias tipificadas, particularizadas, mecanismos, suportes antropológicos, como verdades acabadas, associadas aos substratos de domínios.

O que é então a inteligência construída cientificamente, quando não pode ser associada aos modelos diversos antropológicos, as memórias têm seus DNA, transmitidos culturalmente como vírus pelo senso comum, o que sustenta uma nação, como ideologias insuperáveis do ponto de vista da epistemologia crítica.

Desse modo, como reconstruir uma nova memória, se não sabemos o que é certo ou errado, quando todos os fundamentos objetivam códigos alienados, com propósitos escusos.

O que é a verdade, simplesmente uma fantasia inventada, difundida com a finalidade de subjugar consciências coletivas.

A impossibilidade da criticidade, uma vez que o resultado final a imposição de memórias particularizadas, formatadas politicamente, pejorativamente, formas de comportamentos subservientes as práticas de superioridade.

Qual a solução para os problemas psicológicos, o domínio das diversas complexidades antropológicas, o conhecimento, da não existência da verdade.

Todo código tão somente uma relação de proximidades, a negação das objetividades, cérebros dialéticos, não sobrepostos às lógicas perfeitas, pois tais proposições só existem como resultado de manipulações de práticas de expropriação.

Com efeito, dialetizar tudo em uma perspectiva comparativa, entendendo que o mecanismo sintático, apenas a relatividade, como muito bem refletiu Einstein, qualquer fenômeno em estudo é relativo, Bachelard, todo conhecimento apenas aproximado, Heisenberg o saber é incerto.

Para Foucault, o conhecimento não é o resultado do sujeito cognitivo absoluto, portanto, fruto das proposições articuladas cartesianamente, aplicação da lógica dedutiva, aristotelicamente, como verdade, na negação dos antagonismos, desse modo, a linguagem representa a lógica dissimulada.

O mundo como representação subjetiva, mecanismo das interpretações projetivas, Schopenhauer, a verdade como parcialidade individual. A melhor mesmo adoção das particularidades especializadas nas aproximações bacheladianas, como resultados dos tempos históricos.

Necessário entendermos tudo como particularizações, longe de qualquer mecanicidade como representação da verdade.

O individuo não pode ter um código de linguagem como representação absoluta da verdade, não sendo assim, desse modo, não terá que enfrentar conflitos resultados de antíteses complexas.

Desse modo, na reconstrução da linguagem e da memória, serão superados os antagonismos na produção de memória aberta, incompleta e histórica, tal atividade só será desenvolvida pela filosofia.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 21/07/2016
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