Como explicar a consciência como produto da linguagem.
A respeito da memória é possível mudar a consciência, modificando o modo de pensar, por meio da terapia cognitiva comportamental, convencendo às pessoas a mudança.
Portanto, objetivando tratamentos depressivos ou valorações ideológicas culturais não epistemologizadas, prejudiciais aos comportamentos sociais psicológicos.
No entanto, muito difícil explicar como a terapia chega ao fluxo de condutores biológicos, a questão dos neurônios, como a consciência atinge os neurotransmissores do cérebro, na formatação da nova memória.
Interessante entender a reestruturação da memoria, como sujeito para a modificação do comportamento, mudando essencialmente a padronização comportamental anterior.
A depressão pode ser mudada por dois caminhos, sendo um deles químico, alterando o mecanismo de funcionamento do cérebro temporariamente, a desconexão de conteúdos sistematizados texturalmente no cérebro que leva a uma situação depressiva.
A outra perspectiva situada, uma possível reconstrução da memória, eliminando os substratos culturais conflitivos responsáveis por comportamentos depressivos.
Tudo é possível cientificamente, entretanto, como pensar o cérebro entendido como produto da linguagem, produto formulações ideológicas estruturalmente sistêmicas.
Com efeito, produzem formulações ideológicas doentes psicologicamente, então como eliminar psicanaliticamente tais situações, quando o paciente não sabe que as referidas são produções inconsciencializadas.
A grande questão explicar a consciência como produto da matéria, desse modo, como produto a mesma age no cérebro como consciência tendo como resultado o espírito.
A melhor proposição, a consciência é produto da matéria, mas como produção não é material, entretanto, espiritual, melhor explicitação à consciência como produto da linguagem.
Se a consciência fosse produto apenas da matéria, o cavalo teria desenvolvido a cognição, e tecnicamente, seria como os sapiens, razão da defesa da acepção da linguagem.
Há um consenso antropológico defendido pela filosofia e sustentado na antropologia, em referência a dois aspectos fundamentais. Primeiro a não existência da alma como espírito, proposição resultada do cristianismo.
Por outro lado, essencialmente o ego como etimologia técnica psicanalítica não é físico, sendo puramente espiritual cognitivo, no entanto, só existe impregnado na memória em um corpo físico.
A morfologia cartesiana herdada da filosofia helênica, particularmente do movimento platônico, a mente separada do corpo, descartada modernamente pela ciência, de modo particularizado pela neurociência e psicanálise.
Desse modo, qual o grande desafio, a explicação, como a substancialidade da consciência, surge a partir exatamente do mundo material do cérebro, sendo o que mesmo não teria funcionalidade sem restante do corpo.
Portanto, a memória é produto do corpo, no entanto, de um determinado corpo que evoluiu para a linguagem produzida pelo mecanismo de evolução das cordas vocais, associada à evolução sapiens ao fenômeno do bipedismo.
Dessa forma, o cérebro tem comportamento semelhante a um computador, age conforme foi impregnada a cultura imposta, assimilada mimeticamente, o corpo passa ser o comportamento do cérebro, como o computar o conteúdo depositado.
Criando uma espécie de fantasmagoria da ilusão, no processamento dos dados sinteticamente estruturados, a memória é esse mecanismo, criando suas valorações ideológicas, contraditórias, levando ações depressivas, dependendo das coisificações prontificadas.
O produto final, determinamos como consciência, sendo que o fenômeno psíquico social, comparado como maquina, devido à natureza física da comparação.
Porém, a pergunta indispensável, por que existe um eu como produto da consciência. A resposta remonta tão somente ao mundo da linguagem, pela experiência cognitiva a memória vai se formatando em forma de sínteses, criando mundos particulares objetivados contraditoriamente.
Com efeito, desenvolvem diversas estruturas mentais, valorações ideológicas culturais, a consciência não consegue discernimento, favorecendo conflitos inconscientes, levando a pessoa ao delírio ou a radicalização de alguns sistemas em relação a outros, como verdades absolutas em guerras permanentes.
A perspectiva sugerida na mimeticização dos sistemas culturais, entendermos que são proporcionalidades ideológicas e não valorações totais antiticizadas por conflitos diversos.
Motivos pelos quais existem comportamentos delíricos ou as diversidades de ações alienadas.
A perspectiva para consciência sapiens, entender as diversidades apenas como valorações parciais responsáveis pelas verdades quando são fragmentos parciais, quando não são mentiras.
Portanto, o novo modelo para reestruturação da memória, como saída a relativização de todos os fatores e superação de uma epistemologia logocêntrica na estruturação do cérebro.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.