A Relação da Física Clássica com a Física Quântica e a Filosofia como Fundamento: Vestibular.

A Relação da Física Clássica com a Física Quântica e a Filosofia como Fundamento: Vestibular.

No campo da física clássica formulada por Newton, a relação entre causa e efeito de um determinado fenômeno em análise como fato objetivo, científico, caiu por terra, com o desenvolvimento da física quântica.

E nesse contexto que entende as rupturas epistemológicas de Bachelard, teoria do conhecimento aproximado, o princípio da falseabilidade em Popper, e, a teoria da Relatividade em Einstein como também o princípio da incerteza em Heisenberg.

De fato a física clássica de Newton pelo menos em parte perdeu seu valor epistemológico, devido a ausência de fundamentação epistemológica filosófica.

No entanto, a grande questão colocada, a física de Newton foi estendida como paradigma a outros campos da ciência, tais quais: a termodinâmica, a ótica e acústica, o que permaneceu até ao final do século XIX, quando a física é revolucionada pela teoria quântica, destruindo o paradigma newtoniano.

Outros teóricos da física apresentaram um novo paradigma fundamentado na física quântica, abalando definitivamente a física clássica de Newton.

Einstein redefiniu os limites tradicionais do espaço e do tempo, a razão de sua genialidade, em um magnifico artigo, a eletrodinâmica dos corpos em movimento.

Foi quando definiu o conceito fundamental de energia igual à quantidade de massa, multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado. A teoria mais revolucionária do mundo acadêmico.

Foi exatamente, o ponto inicial para formulação da teoria da relatividade, o conhecimento não é exatamente o objetivo, puro, mesmo no campo das ciências da natureza.

No entanto, a física newtoniana sofreu outro ataque, com o desenvolvimento do princípio da incerteza, formulado pelo físico alemão, Werner Karl Heisenberg, um dos grandes fundadores da física quântica.

Werner estabeleceu a impossibilidade de verificar com exatidão a velocidade e a localização de um elétron. Portanto, desse modo, estabeleceu como critério científico o principio da incerteza.

Sendo assim, o questionamento da física clássica, devido à impossibilidade de conhecer o objeto, pela relação de causa e efeito, na verificação da hipótese.

Levando a Popper determinar o princípio da falseabilidade, que consiste sempre na possibilidade do fundamento científico ser falso em qualquer equação determinada.

Bachelard entendeu o mesmo fenômeno, estabelecendo o conhecimento no campo do espaço e tempo, apenas como possibilidade de aproximação.

Essas teorias influenciaram profundamente a filosofia positivista acabando com o conhecimento objetivo nas ciências do espírito, particularmente na fenomenologia e na psicanalise, influenciando Ponty e Foucault entre outros.

Desse modo nasceu o paradigma moderno, sustentado na aproximação como produto revolucionário do tempo histórico, Bachelard, sendo a filosofia a única ciência interdisciplinar em sua complexidade.

As ciências da natureza passaram a ter dois grandes problemas a serem considerados, o primeiro deles: os fatores científicos verificáveis na experiência diária em procedimentos empíricos, o que era determinado como certo pela teoria clássica, agora resultado de dúvidas.

O outro aspecto em referência, os valores de grandezas, tidos como certos por Newton, mapeados pela física quântica em fenômenos, atômicos, nucleares, microscópicos, astronômicos e subnucleares, empregados pelo princípio da incerteza e a teoria da relatividade.

Em síntese a formulação de todos esses campos, na criação de um novo paradigma quântico, fundamentado na relatividade e na incerteza, destruíram não só a física clássica de Newton, entretanto, a natureza positivista das demais ciências do espírito influenciadas pelo positivismo da física anterior.

Por outro lado, devido à impossibilidade da objetividade na contemporaneidade, certa lógica irracional como fundamento da causalidade que caracterizava as ciências como tais.

Com efeito, desse modo, a morfologia atual, necessita cada vez mais da filosofia, como fundamento da epistemologia, na compreensão de tais proposições, motivo pelo qual é indispensável em qualquer análise, sem a filosofia, ninguém consegue entender e formular tais epistemologizações, produzindo tão somente ideologias.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 08/07/2016
Reeditado em 08/07/2016
Código do texto: T5691288
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