CLICHÊ

Clichê, antigamente, era a página de impressão de jornais, revistas, da qual poderiam ser feitas várias cópias, daí a designação de ideia pronta, cristalizada, que todos propagam , sem reflexão. Estereótipo tem a mesma origem, só que era uma cópia feita a partir de um molde de polpa de papel, mas o significado é o mesmo: compartilhar ideias do senso comum, sem reflexão sobre elas e sem haver um senso crítico em torno das tais.

Minha obrigação, a qual procuro sempre cumprir , amiúde, é fazer o indivíduo sair do senso comum e apresentar ideias próprias, o que fica cada vez mais difícil, tendo em vista que nossa sociedade não foi estruturada com a intenção de fazer os indivíduos pensarem. O que temos nos textos é um aglomerado de citações de fatos históricos, frases feitas e , apenas uma leve discussão , no melhor dos casos.

Estimular a discussão, a opinião discordante, mesmo que seja diferente da sua própria, da do senso comum, esse é o desafio. Infelizmente não temos o hábito de refletir, de participar de mesas redondas, não apenas de futebol.Para termos nossas próprias ideias, primeiro precisamos ouvir as diversas opiniões e visões de mundo, por mais que divirjam das nossas convicções. Para isso, democraticamente , todas as visões de mundo devem ser aceitas , tendo em vista que a faculdade de se expressar é uma das maiores dádivas do ser humano; manter a mente aberta a novas ideias e inovações é uma forma de cultivar o espírito crítico, que tanto prezamos.