NELSON RODRIGUES MEU REACIONÁRIO PREDILETO
"Preliminarmente, devo confessar meu horror aos intelectuais ou, melhor dizendo, a quase todos os intelectuais. Claro que alguns escapam. Mas a maioria não justifica maiores ilusões. E se me perguntarem se esse horror é recente ou antigo, eu diria que é antigo, muito antigo. A inteligência pode ser acusada de tudo, menos de santa."
( Nelson Rodrigues. O Reacioário, in: os que propõem um banho de sangue)
Nelson Rodrigues recentemente voltou à moda, os petistas e a esquerda que sempre torciam o nariz para ele, pois o acusavam de reacionário quando se viu questionada, e pegos literalmente com a mão na botija, invocou o complexo de vira-latas um dos muitos conceitos criados por este grande escritor. Nelson foi criticado também pelos conservadores porque sua obra feria a moral e os bons costumes. O grande escritor é assim não está preocupado em agradar nenhum segmento social e ser maldito deve ser uma profissão de fé mesmo que um ou outro idiota reclame aqui ou acolá. Sobre a vida de Nelson Rodrigues (1912- 1980) todos aqueles medianamente informados sabem um pouco, pernambucano, do Recife, filho do jornalista Mario Rodrigues fundador do jornal “A Crítica" irmão de Roberto Rodrigues e também do famoso Mario Filho, que pelos seus serviços prestados ao futebol deu nome ao maior estádio do mundo - o Maracanã. Nelson teve uma vida permeada por tragédias particulares, como o assassinato de seu irmão caçula e desenhista Roberto Rodrigues, na redação do jornal do seu pai por uma socialite ensandecida por ter sido alvo de matéria jornalística em que sua vida particular foi alvo de matéria de capa. Ela invade a redação para matar o pai de Nelson Rodrigues, mas encontra o irmão e este é alvejado com dois tiros e morre dias depois, seu pai morre de desgosto alguns meses após essa tragédia. Não pretendo aqui falar da biografia de Nelson Rodrigues, a sua biografia é muito interessante e caberia outro artigo, mas comentar algumas crônicas desse gênio nacional contidas no livro “O Reacionário: memórias e confissões" (Cia das letras, São Paulo, 1995) que é uma seleção de crônicas organizada por Ruy Castro a partir das publicações do autor no jornal o Globo. Nelson Rodrigues é um esteta das palavras bem postas e com uma fina e sarcástica ironia. Suas crônicas são um retrato contundente do Brasil. Nesta coleção de crônicas é difícil escolher a melhor, todas é maravilhosas e entre elas escolherei para comentar os acontecimentos políticos atuais ” Os que propõem um banho de sangue" é uma analise lúcida da realidade da intelectualidade brasileira de esquerda, ele logo no inicio nos diz " tenho observado que o intelectual está a uma milímetro do cinismo. Do cinismo, e eu acrescentaria do ridículo. Deus ou o diabo deu-lhe uma cota exagerada de ridículo". Essa observação serve aos dias de hoje tão conturbados por uma crise que mescla falência do sistema político e crise moral e ética, diante de tamanha insensatez moral, com o butim ao erário estatal organizado pelo PT e os partidos da chamada base aliada, que está destruindo a Petrobrás, a crise econômica que ameaça o emprego e as enroladas de Lula com prédio e sítios de "amigos”, as pedaladas fiscais de Dilma, o Mensalão. Diante de todos esses descalabros com a coisa pública e de todas as evidências, ainda assim assiste-se ao "silêncio dos bons" ninguém vê a CUT- Central Única dos Trabalhadores, e nem os movimentos sociais se pronunciarem em favor das investigações da operação Lava a Jato e nem os intelectuais de esquerda ligados ao PT. Recentemente Marilena Chauí num disparate disse que o juiz Sérgio Moro é agente do FBI e a Lava Jato existe para acabar com o pré-sal. de esquerda parecem viver na década de 60, onde a palavra golpe significava golpe mesmo, ou seja, tomada súbita do poder, não é o que se vê hoje. Há um processo de cassação de um mandato popular feito por juristas, inclusive um deles fundador do PT, Hélio Bicudo. Mas o que falta a esquerda hoje é falta de senso de ridículo. À esquerda em nome de seus sonhos pueris, preferem não ver a realidade tal como ela se apresenta, e o que se afigura é terrível, a esquerda se mostrou um desastre na condução da coisa pública. Se de um lado houve uma inserção social de parcelas marginalizadas, com a crise essa classe média ascendente, volta ao seu lugar de origem, mas o grave é como disse o silêncio e o apoio velado a um projeto político porque simplesmente ele é de esquerda, mas a esquerda faz besteiras, a esquerda erra. Tenho um amigo que diz que estamos trocando "seis por meia dúzia" se referindo aos pulhas do Parlamento que votaram pelo impedimento de Dilma invocando Deus e a família, sei que a nossa política é feita de políticos preocupados com seus umbigos, mas isso justifica passarmos a mão em todos os desmandos de Lula, Dilma e o PT? O PT contribuiu e muito para o ambiente atual do Brasil. Muitos intelectuais da "festiva" como Nelson Rodrigues chamava a esquerda reclamam do clima de ódio e intolerância, mas a intolerância foi pregada pelo PT, é o discurso do "nós contra eles" que formou esse caldo cultural adverso onde impera o ódio e a intolerância a postura do outro.
"Preliminarmente, devo confessar meu horror aos intelectuais ou, melhor dizendo, a quase todos os intelectuais. Claro que alguns escapam. Mas a maioria não justifica maiores ilusões. E se me perguntarem se esse horror é recente ou antigo, eu diria que é antigo, muito antigo. A inteligência pode ser acusada de tudo, menos de santa."
( Nelson Rodrigues. O Reacioário, in: os que propõem um banho de sangue)
Nelson Rodrigues recentemente voltou à moda, os petistas e a esquerda que sempre torciam o nariz para ele, pois o acusavam de reacionário quando se viu questionada, e pegos literalmente com a mão na botija, invocou o complexo de vira-latas um dos muitos conceitos criados por este grande escritor. Nelson foi criticado também pelos conservadores porque sua obra feria a moral e os bons costumes. O grande escritor é assim não está preocupado em agradar nenhum segmento social e ser maldito deve ser uma profissão de fé mesmo que um ou outro idiota reclame aqui ou acolá. Sobre a vida de Nelson Rodrigues (1912- 1980) todos aqueles medianamente informados sabem um pouco, pernambucano, do Recife, filho do jornalista Mario Rodrigues fundador do jornal “A Crítica" irmão de Roberto Rodrigues e também do famoso Mario Filho, que pelos seus serviços prestados ao futebol deu nome ao maior estádio do mundo - o Maracanã. Nelson teve uma vida permeada por tragédias particulares, como o assassinato de seu irmão caçula e desenhista Roberto Rodrigues, na redação do jornal do seu pai por uma socialite ensandecida por ter sido alvo de matéria jornalística em que sua vida particular foi alvo de matéria de capa. Ela invade a redação para matar o pai de Nelson Rodrigues, mas encontra o irmão e este é alvejado com dois tiros e morre dias depois, seu pai morre de desgosto alguns meses após essa tragédia. Não pretendo aqui falar da biografia de Nelson Rodrigues, a sua biografia é muito interessante e caberia outro artigo, mas comentar algumas crônicas desse gênio nacional contidas no livro “O Reacionário: memórias e confissões" (Cia das letras, São Paulo, 1995) que é uma seleção de crônicas organizada por Ruy Castro a partir das publicações do autor no jornal o Globo. Nelson Rodrigues é um esteta das palavras bem postas e com uma fina e sarcástica ironia. Suas crônicas são um retrato contundente do Brasil. Nesta coleção de crônicas é difícil escolher a melhor, todas é maravilhosas e entre elas escolherei para comentar os acontecimentos políticos atuais ” Os que propõem um banho de sangue" é uma analise lúcida da realidade da intelectualidade brasileira de esquerda, ele logo no inicio nos diz " tenho observado que o intelectual está a uma milímetro do cinismo. Do cinismo, e eu acrescentaria do ridículo. Deus ou o diabo deu-lhe uma cota exagerada de ridículo". Essa observação serve aos dias de hoje tão conturbados por uma crise que mescla falência do sistema político e crise moral e ética, diante de tamanha insensatez moral, com o butim ao erário estatal organizado pelo PT e os partidos da chamada base aliada, que está destruindo a Petrobrás, a crise econômica que ameaça o emprego e as enroladas de Lula com prédio e sítios de "amigos”, as pedaladas fiscais de Dilma, o Mensalão. Diante de todos esses descalabros com a coisa pública e de todas as evidências, ainda assim assiste-se ao "silêncio dos bons" ninguém vê a CUT- Central Única dos Trabalhadores, e nem os movimentos sociais se pronunciarem em favor das investigações da operação Lava a Jato e nem os intelectuais de esquerda ligados ao PT. Recentemente Marilena Chauí num disparate disse que o juiz Sérgio Moro é agente do FBI e a Lava Jato existe para acabar com o pré-sal. de esquerda parecem viver na década de 60, onde a palavra golpe significava golpe mesmo, ou seja, tomada súbita do poder, não é o que se vê hoje. Há um processo de cassação de um mandato popular feito por juristas, inclusive um deles fundador do PT, Hélio Bicudo. Mas o que falta a esquerda hoje é falta de senso de ridículo. À esquerda em nome de seus sonhos pueris, preferem não ver a realidade tal como ela se apresenta, e o que se afigura é terrível, a esquerda se mostrou um desastre na condução da coisa pública. Se de um lado houve uma inserção social de parcelas marginalizadas, com a crise essa classe média ascendente, volta ao seu lugar de origem, mas o grave é como disse o silêncio e o apoio velado a um projeto político porque simplesmente ele é de esquerda, mas a esquerda faz besteiras, a esquerda erra. Tenho um amigo que diz que estamos trocando "seis por meia dúzia" se referindo aos pulhas do Parlamento que votaram pelo impedimento de Dilma invocando Deus e a família, sei que a nossa política é feita de políticos preocupados com seus umbigos, mas isso justifica passarmos a mão em todos os desmandos de Lula, Dilma e o PT? O PT contribuiu e muito para o ambiente atual do Brasil. Muitos intelectuais da "festiva" como Nelson Rodrigues chamava a esquerda reclamam do clima de ódio e intolerância, mas a intolerância foi pregada pelo PT, é o discurso do "nós contra eles" que formou esse caldo cultural adverso onde impera o ódio e a intolerância a postura do outro.