A verdade como cognição inventada.

Tudo que sonhei nessa vida.

Um olhar sombrio.

Debaixo de uma árvore.

Deitado em uma rede.

Tomando suco de laranja.

Olhando solitariamente.

Para o campo verde.

Imaginando o fundamento do nada.

Pensando as coisas absurdas.

Para o desenvolvimento da cognição comum.

Entre tais coisas, a origem de tudo.

Fundamentada essencialmente no nada.

Afirmando peremptoriamente.

O único fundamento real é a inexistência.

Tendo a compreensão da anti matéria.

Como negação de qualquer origem.

Somos apenas a não existência.

Apesar de existir o universo.

As diversidades infindáveis de galáxias.

Tudo que existe não corresponde sequer.

As sombras das ficções.

Com efeito, posso afirmar.

Não existe deus.

Não existem as multiplicidades de universos.

Não há o planeta terra.

A vida em particular.

Quanto a mim que escrevo tais ideias.

Também não tenho existência.

A única realidade existente é o nada.

Composto essencialmente pelo vazio.

O infinito é a anti matéria.

O fato de estarmos nesse planeta.

De pensarmos pelo cérebro mimetizado.

De imaginarmos coisas completamente sem sentidos.

De termos criado a linguagem.

Então inventamos coisas delíricas.

Como as instituições, o Estado político.

A alma e deus.

Céu e inferno.

Inventamos o cosmo.

A República, a inteligência.

Como se tudo fosse real.

Quando nada na realidade axiológica existe.

O que existe mesmo.

Sendo que sempre existirá.

É o infinito interminável, frio escuro e vazio.

Composto pela anti matéria.

O que determino como nada.

A verdade só existe por ser formulada como ideologia.

A cognição alienada acredita como se fosse de fato real.

Quando é apenas uma cognição inventada e ideologizada.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/06/2016
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