Cultura de um povo sempre será a sua antiguidade atemporal

Consta no livro "A Arte da Guerra" de Sun Tzu, o seguinte trecho que me comprova a terna suavidade, a fraterna gentileza e a eterna sabedoria do povo chinês de séculos atrás:

Do guerreiro que necessita - "ser melhor como o vento, silencioso como a floresta, feroz como o fogo e inabalável como uma montanha."

E este é um trecho da Arte Guerreira ( com ou sem combate e lutando dentro de si mesmo, diante da batalha física da vida ou outras generalidades, suponhamos... ) do escritor e filósofo belicista Sun Tzu de mil anos atrás! E p que de fato nos conduz a vivenciar a vida como uma "batalha" e precisa-se ser valente, combatedor e "reciclador" das estratégias a cada dia em combates menores da vida. Tal é a sabedoria de Sun, mas é irrelevante pensar que seja assim de modo ocidental pensarmos da verdade acerca dessa e de outras frases do livro "A Arte da Guerra"! Parece pobre afirmar que diga respeito só à guerra ou enfrentamentos de reles gerência industrial, comercial ou política

Isso denota a força da expressão do que se diz do guerreiro chinês de outros tempos, mas é válido em qualquer campo de guerra na História, e os ideais e pensamentos de Sun Tzu de sua obra são ainda perfeitos no dia-a-dia de qualquer general no decurso de uma batalha em qualquer guerra de grandes ou menores proporções. Mas o fato é que nem sempre funciona certos conceitos diante das guerras modernas de alto impacto nuclear ou não - mas essas idéias antigas ainda prevalecem em menor ou maior grau de uma certeza política-belicista ou diplomacia de auto-preservação dos povos. E vem a calhar os pensamentos de Sun em muitos momentos de crise verdadeira numa guerra limitada. Mas na realidade nem sempre funcionará contextos chineses em realidades ocidentais de grande monta...

Preferiria que tais conceitos "beligerantes" fossem aplicáveis na paz e no dia-a-dia de um cidadão que vai às ruas enfrentar o alheio e as propensões arrogantes e amargas da massa humana que labuta nas ruas a caminho de seu ofício ou trabalho honesto. Isso já foi feito em muitos livros que usam métodos "Sun-Tzuanos" perante a esta ocidentalização cambiante do mundo, da urbanidade violenta ou política de muitos moldes ( do comunismo insurgente ao totalitarismo de estado mundial). E se aplica tais "métodos" antigos de tratamento "guerreiro" dos homens aos sujeitos de gravata, aos homens poderosos sérios que comungam a politicagem mundial perniciosa e diversos gerentes da indústria moderna. De fato eu acredito que tais métodos se fazem sentir até mesmo na soldadesca militarista ( pra não dizer niilista ) dos povos que se armam e industrializam muito rapidamente. Parte dos conceitos que se lê no "Arte da Guerra" se fazem presente neste mundo atual, e isso se demonstrará mesmo demasiado nos últimos tempos de agressão em diversos lugares do mundo, onde há crises totalmente voltadas para a guerra, quer seja santa, imperialista ou propositalmente concebida por super-potências. Muito de que se lê no livro se fará presente em muitos casos que se vê ou se conhece dessas muitas guerras localizadas que acontecem na atualidade.

Dá para prever até onde isso vai, pois até mesmo Sun Tzu previu que o motivo final da guerra que finda a qualquer momento é abjurar que outra ainda maior estará a caminho, mas que virá com certezas, bastando cuidar-se pra que as mesmas armas de ontem ( e os mesmos combatentes de outros tempos que se dispersam ) sejam úteis para a próxima peleja. O que não anteviu foi o fato de que as recentes armas de extermínio consagram guerras bem piores, e que soldados bem ou mal acostumados ao que se foi combatido antes nem sempre estarão preparados para o próximo embate cruel de extermínio em massa! A arte de uma guerra muda mas permanece o seu teor de aprendizado menor. Para batalhas de maiores conjecturas e muitas possibilidades

seria preciso elevar as idéias de Sun Tzu à outro patamar , porém seus pensamentos antigos ( e verdadeiros ) ainda funcionarão doravante.

Ora...

O povo chinês tem uma longa história de invasões e costumes de combater os inimigos de fora, entretanto isso não importa-me. O que interessa é o fato de sua antiguidade dar exemplos imensos para aprendermos lições. O adiantado de sua civilização em outros tempos, dado o retrocesso das armas, costumes e lutas intermináveis de cada época, tem a ensinar os seguintes fatos:

- Que quanto mais adiantada uma civilização, supostamente contextualizada em seu tempo ( como vanguarda de organização ou ordem organizacional de sua gente, ou coisas muito à frente de seu tempo... ), mais infantil é a base de sua sustentabilidade harmônica civil e industrial; qualquer que seja o caso, sendo legislativa ou até politicamente correta sua ideologia, mais frágil é sua longevidade progressista - acabam em gerações de disputas e por aí vai;

- A sua legislação aperfeiçoada em milênios, as inovações que quase caem em desuso e sempre retornam, sua tecnologia incipiente e amor ao trabalho fatigante sempre deram frutos, Ocasiões houve me que paravam no tempo e se mantinham no mesmo nível por gerações. A civilização chinesa conhece sempre altos e baixos ou raramente se institui eternamente em sua antiga linha imperial de politicagem, sendo ou confucionista ou maoista suas tendências sem suspeitas. De fato são em grande parte um povo sincero e inovador, quando não influenciados por outras ideologias ou maneirismos do ocidente;

- No caso de ser em determinados momentos históricos uma civilização avançada demais pra sua época específica ( mais que os ocidentais em qualquer gênero de governabilidade nos primeiros séculos - e talvez indo além disso - da era cristã ) foi sempre uma incógnita para certos setores atuais de pensamento e pesquisa ocidental, caso em que se acredite ou não que sua realidade histórica tenha evoluído muito em todo seu isolamento como nação. E de certo modo evoluíram muito como raça sui generis e sempre se retraiam no momento certo de industrialização possível - se assim pudesse seriam hoje mais avançados que nós em certos setores civis de urbanidade;

- Quando muito observamos que esta suave tendência de sua civilização ser evoluída. e de certo modo infantilizada. é ( que a cada avanço de sua integridade histórica era e ainda é ) constantemente obliterada por fatores externos alienantes. Se isolarmos ela veremos que poderia muito bem andar com seus próprios pés e oferecer muitas lições sócio-filosóficas edificantes e verdadeiras, compreendendo os fatos de que seria extremante edificante o seu progresso. Mas tal não é o caso, pois o mundo não é a China e a China não está alienada do mundo, como se vê em sua recente história desde o século XX! E isso é bom de certa maneira...

Apesar do exposto vemos que a tal civilização chinesa de outrora estava e está sempre à frente de seu tempo em vários aspectos de sua humanidade que lhe é inerente. Portanto ainda tem muito de seu passado a nos acolher e prevenir, a muito pensamento melhor do que uma simples arte da guerra combinada. E, entretanto, é de de salientar também, que os pensamentos de Confúcio, Mêncio, Sun Tzu ( À revelia ao seu ensejo de "crer" na combatividade de seu povo e política idem ) e de outros luminares de sua gente para sempre estarão doravante muitíssimo sempre à frente de nossas vãs possibilidades ocidentais de avanços sociais emergentes.