Introdução a uma ciência pós moderna: Boaventura Santos.

A ideia fundamental de Boaventura Santos, vivemos em um momento histórico em que há uma transição paradigmática o que se denomina de ciência moderna um novo paradigma em que ainda não é bem determinado.

Entretanto, o resultado como produto do acúmulo de diversos fatores na determinação de um novo momento histórico na constituição da ciência. Todavia, Boaventura chama esse período de ciência pós-moderna.

Com efeito, é fundamental entender alguns princípios da nova era em gestação, um deles a hermenêutica como método de análise indispensável, objetivando a transformação do objeto científico.

No entanto, ainda distante a compreensão científica do novo momento histórico. Porém, indispensável à finalidade do tempo em transição, na compreensão da ciência de natureza social.

Reflete epistemologicamente Santos, as ciências sociais estão subjetivadas na busca pela objetivação dos sujeitos, individual ou coletivos.

Então, qual seria a compreensão real, no desenvolvimento interpretativo hermenêutico?

Do ponto de vista epistemológico, o discurso científico para o cidadão comum, é absurdo, para não dizer incompreensível.

Entretanto, para o cientista é fundamental o desenvolvimento da análise pelo caminho da utilização hermenêutica, em virtude proviniente da interpretação.

Com efeito, indispensável à destruição do senso comum, denominada sociologia da experiência imediata, a incompreensão sem a Filosofia como instrumento crítico. Portanto, a superação do próprio senso, ou seja, o término da mistificação do saber.

Desse modo, o conhecimento tem que ser racional científico e valido, sendo que a finalidade do senso comum é a reconciliação da consciência mistificadora consigo mesma, tal perspectiva não possibilita a hermeneuticização da interpretação.

O conhecimento conservador é fixista, contrariamente a epistemologia bacheladiana, que representa a consciência possível como critério da ciência moderna.

Portanto, desse modo não representa o saber real, a respeito do desenvolvimento científico, tal propósito é a dificuldade da construção hermenêutica do saber.

Por outro lado, as respostas dadas variam em campos subjetivos, transformados em estruturas epistemológicas dos processos de sínteses existentes em subjetividades exegéticas.

A epistemologia de Bachelard possibilitou a origem de uma hermenêutica de limites, resolvendo em parte as crises, entretanto, não a criação da objetividade metodológica.

A hermenêutica crítica inicia pela interpretação da ciência, a subjetividade da análise e por outro lado, do sujeito fenomenológico. Com efeito, só existe a ciência do espírito, quando a crítica surge a partir da realidade objetiva, buscando a transformação da mesma.

Desse modo, a ciência só será critica se for transformativa e não justificativa, contrariamente, uma ciência ilusória, sendo assim, é necessário à transformação do próprio conceito da verdade.

Epistemologicamente, o entendimento inerente ao conceito, não se pode defender em hipótese o que sustenta o unilateralismo epistemológico desenvolvido pela hermenêutica clássica.

O desejo da superação da explicação do método hipotético dedutivo, a formulação de leis do positivismo lógico, essencialmente demasiado, não possibilitando abertura para outras significações epistemológicas, o que deve ser composto por explicações não superficiais.

Importância do entendimento, as ciências sociais não são naturais, portanto, não se pode usar as mesmas, como recorrência ao método desejado ideologicamente, proposto pelo positivismo de Viena, diferentemente, o grau de rigor não será proporcional, nem mesmo no uso adequado da hermenêutica.

O que é uma verdade cientifica, o resultado de consenso, da comunidade científica, quem desejar falar de ciência tem que aceitar os princípios organizados pelo consenso científico.

O fundamento do unitarismo a proposição hegemônica da lógica das ciências naturais, o que se define indutivamente, como preceitos universais. Portanto, de certo modo, não é aplicável as ciências do espírito.

O fundamento epistemológico, entre as duas ciências, sociais e naturais, as diferenças entre as teorias: do objeto e da justificação do conhecimento.

Portanto, a crítica oculta da acepção moderna da ciência da natureza e a compreensão das ciências sociais, campos diferenciados na aplicação metodológica.

Desse modo, as ciências sociais proporcionam a compreensão que dá significação a interpretação, o que é diferente das ciências naturais, na aplicação da organicidade indutiva, não diferentemente hermeneuticizada.

Em relação as ciências do espírito, a existência de uma autonomia relativa, no entanto, provisória e indispensável para constituição de uma nova prática de conhecimento democrática e emancipadora.

Desse modo, para Bachelard o conhecimento é sempre falível, a verdade aproximada e provisória, sendo com efeito, ideológica, como resultado contextual e cultural. Portanto, o conhecimento, é necessariamente falível.

Nesse aspecto, sociologicamente, para as ciências do espírito, sujeitos e objetos são necessariamente constituídos dos mesmos princípios culturais, o que obriga serem mais ideológicos, a antítese dos procedimentos indutivos.

Toda ciência é de algum modo interpretativa, sendo desse modo a falsificação das explicações casuais ou regularidades nomotéticas, sobrepostas às avaliações interpretativas, na perspectiva da abstração e da generalização, sobretudo, quando as ciências forem do espírito.

A ideia que toda ciência é interpretativa, as ciências do espírito, seu corpo epistemológico, muito mais interpretativo a verificação ou, falsificação das explicações casuais das regularidades praxiológicas.

Na verdade toda interpretação é uma construção a respeito da prática social, ampliação no campo da representação, sendo o processo de investigação, produto do consenso científico.

Desse modo, a paixão ou a ideologia é incompatível com a capacidade do homem agir e pensar racionalmente, na perspectiva positivista, quando os seus princípios aplicados as naturezas sociológicas.

O que não pode regularmente, transformar a Filosofia em uma ciência de fundamento apologético. Sendo o conhecimento descontínuo, no entanto, a ciência não como uma relação dialética da produção da ignorância.

No entanto, vista como produto dialético da relação do poder em que a sociedade virtualmente exerce a repeito da formatação da construção dos procedimentos científicos.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 05/05/2016
Reeditado em 05/05/2016
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