GRÃOS DE AREIAS.

Não são poucos aqueles.

Que construíram sombras.

Sobre o deserto.

Na ilusão de favorecer a vida.

Com chuvas de pregos.

São milhões seus apostadores.

Como se o mundo não estivesse.

Sobreposto a misericórdia da loucura.

Então os delatores gritavam desesperadamente.

Vamos construir um mundo cheio de palácios.

Assentados com areias da praia.

Além da proximidade com o encantamento.

Eles os demais sem noção do que seria o vento.

Tempestades imaginativas.

O retorno permanente.

A obrigatoriedade do destino.

Para que serve tais amontoados.

A não serem seus direcionamentos.

É inútil conversar com um desses loucos.

Confundem a destinação dos grandes pássaros.

À distância o brilho da sonolência.

Como se fosse o despontar heliocêntrico.

Então imagina exatamente tal possibilidade.

Ausências intermináveis.

Querem saber da recusa idiossincrática.

Nada além de um olhar pesaroso.

O que virá amanhã a continuidade.

São milhares vossas defesas.

O tombo esquecido, sinais perigosos.

Como se fossem julgados.

Os indiciadores.

A voz da profecia ao silêncio da sabedoria.

Escondidos em um mundo de trevas.

Sustentáculos de metafísicas improcedentes.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 19/04/2016
Reeditado em 19/04/2016
Código do texto: T5609416
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