GRÃOS DE AREIAS.
Não são poucos aqueles.
Que construíram sombras.
Sobre o deserto.
Na ilusão de favorecer a vida.
Com chuvas de pregos.
São milhões seus apostadores.
Como se o mundo não estivesse.
Sobreposto a misericórdia da loucura.
Então os delatores gritavam desesperadamente.
Vamos construir um mundo cheio de palácios.
Assentados com areias da praia.
Além da proximidade com o encantamento.
Eles os demais sem noção do que seria o vento.
Tempestades imaginativas.
O retorno permanente.
A obrigatoriedade do destino.
Para que serve tais amontoados.
A não serem seus direcionamentos.
É inútil conversar com um desses loucos.
Confundem a destinação dos grandes pássaros.
À distância o brilho da sonolência.
Como se fosse o despontar heliocêntrico.
Então imagina exatamente tal possibilidade.
Ausências intermináveis.
Querem saber da recusa idiossincrática.
Nada além de um olhar pesaroso.
O que virá amanhã a continuidade.
São milhares vossas defesas.
O tombo esquecido, sinais perigosos.
Como se fossem julgados.
Os indiciadores.
A voz da profecia ao silêncio da sabedoria.
Escondidos em um mundo de trevas.
Sustentáculos de metafísicas improcedentes.
Edjar Dias de Vasconcelos.