Vidas secas. Vestibular Fuvest.

Síntese do livro.

Graciliano Ramos.

1992-1953.

Relata o sofrimento do povo brasileiro, ano 1930, quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, no Brasil a crise do café, em seguida a revolução. O governo de Getúlio Vargas.

Declínio na economia do nordeste brasileiro, o autor retrata a miséria do sertanejo nordestino.

Usa como linguagem o enfoque direto aos fatos, a retomada da literatura naturalista. Formulação de uma grande crítica política e social das relações produtivas no sertão nordestino, o sistema de coronelismo.

A narrativa da literatura, documental, caracteriza por uma visão crítica das relações rurais, ressaltando o regionalismo, o nordeste brasileiro.

A pessoa humana, o sertanejo massacrado pelo meio social, devorado pela falta de perspectiva social.

Graciano Ramos nasceu em Quebrângulo Estado Alagoas, inicialmente estudou em Maceió, entretanto, não chegou à faculdade.

Com breve passagem pelo Rio de Janeiro, revisor dos jornais Correio da Manhã e Tarde, estudou jornalismo e política, entrando posteriormente, na política.

Preso em 1936, como comunista, escreveu Memórias do Cárcere, documento famoso a respeito da realidade brasileira.

Em 1945 morando na cidade do Rio, ingressou no Partido Comunista brasileiro. Em 1933 escreveu São Bernardo, obra fundamental da nossa literatura. Angústia 1936, sendo que 1938 Vidas Secas, o seu grande trabalho, material de prova para FUVEST.

Síntese da obra.

A vida do nordestino brasileiro, sem perspectiva econômica e social, a tragédia fazia do cotidiano a incerteza da vida humana.

Retrata o romance, os infelizes tinham que caminhar o dia todo, a procura de alguma coisa para comer, cansados esperavam como saída à morte.

A pobreza era tamanha, o solo um vermelho improdutivo, sem direção olhavam encontravam apenas manchas brancas eram ossadas de animais mortos pela seca.

Fome insuportável para não morrer tinha que alimentar de papagaios, pessoas frágeis, pequenos presos ao deserto, sem esperança fugiam sem encontrar caminhos.

Portanto, alimentavam de suas desgraças e pavores, sem nenhuma outra esperança a não ser a ideia de Deus e da outra vida, a esperança da ideologia da promessa divina.

As principais personagens.

Baleia, uma cadela da família, recebia tratamento de gente, era amada pelas crianças.

Sinhá Vitória, esposa de Fabiano, mãe sofrida de dois filhos, sempre triste com a miséria, trabalhava muito, não tinha o que comer.

Fabiano, nordestino pobre, ignorante, sem esperança bebia muito, o que ganhava perdia no jogo, levando a família ao desespero.

Os filhos crianças pobres sofridas não tinham ideia da miséria, objetivavam como conforto a própria desgraça.

Um fazendeiro contratou Fabiano para trabalhar no campo, era desonesto explorava os empregados, como se fossem objetos e todos achavam como normal o comportamento da elite coronelística.

Inácio, soldado representante da lei, dono de um bar responsável pela ordem e justificador das práticas de domínio da elite econômica, era por natureza corrupto, tomava o dinheiro dos sertanejos por meio do vício e de jogos.

Linguagem do romance

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Discurso indireto livre sempre na terceira pessoa.

Adjetivos de figuras de linguagem, Metáfora, você é um bicho Fabiano.

Prosopopeia: compara Baleia com gente.

As ideias do autor.

Descreve a realidade brasileira no nordeste, não apenas da época em que livro foi escrito, entretanto, atualmente, relatando situações de injustiça social, miséria e fome, desigualdade, a seca mostra que homem animalizou, sobre as condições de extrema da pobreza.

Paisagem hostil, quatro pessoas e uma cachorra, caminhando sem direção, sem esperança, o filho mais velho deita no chão exausto, sem suportar o peso do corpo.

Leva uma surra do pai, como fosse um preguiçoso, entretanto, carrega o pequeno.

A baleia o único animal com fome e sem o companheiro papagaio sacrificado, para matar a fome da família.

Abominados, a baleia consegue apanhar um preá a única alimentação para todos, Fabiano consegue trabalhar de vaqueiro.

Entretanto, mal tratado não tinha nem mesmo cama para dormir, viviam como animais.

Tudo que ganhava perdia no jogo, era cobrado pela mulher Sinhá Vitória, sempre enganado pelo comerciante o soldado, triste embriagava.

A vida de miseráveis e fracassados, as crianças perguntam o que seriam ao crescerem, Sinhá Vitória não queria que fossem vaqueiros, entretanto, não existia outra perspectiva, sonhar com outra realidade era simplesmente um delírio.

Com efeito, desse modo, Graciliano termina o romance, a continuidade da seca, do latifúndio e da miséria dos sertanejos nordestinos, sobretudo, a estrutura de domínio do latifúndio, ligados aos coronéis e a política de manutenção da miséria nordestina.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/04/2016
Reeditado em 18/04/2016
Código do texto: T5608711
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