Como Entender o livro escrito por Michel Foucault: A Micro Física do Poder.

1926-1984.

Para Foucault a sociedade moderna apresenta uma estrutura de poder formulado a partir do século XVIII, sendo que o mesmo não concentra mais apenas na lógica do poder político, apesar de profunda articulação.

Portanto, o poder está disseminado em diversos setores da vida política social, em todos os lugares, o cidadão é controlado por micro poderes, sendo que o referido fragmentou, o modo pelo qual tornou-se eficaz.

A sociedade neoliberal funciona com tal natureza, não detém tão somente na essência o macro poder, em seja no funcionamento da teoria de Estado moderno. O que significa que o referido não está mais concentrado no Estado político.

Foucault analisou a função dos micro poderes difundidos em diversas instituições públicas e privadas, controlando a vida social, determinando padrões comportamentais, sendo que ideologicamente as pessoas subjugadas interiorizam comportamentos ideológicos determinando padrões de memórias.

A vida é disciplinada pela lógica do domínio, em consonância com o neoliberalismo, os diversos setores micro institucionais, o que é determinado em sua análise como micro física do poder.

Com efeito, o poder que está em todas as partes controlando as pessoas, englobando tudo e todos, pois resultam de todos os lugares, não tem como os cidadãos se livrarem dos micro poderes.

Desse modo, na vida prática somos controlados por micro poderes, os pequenos donos dos poderes diversos, detentores do nosso domínio, o que encontra sistematizado na grande obra elaborada por Michel Foucault a Microfísica do poder.

O que sintetiza o livro, na realidade o mundo, a dominação global, resulta naturalmente de uma articulação perfeita dos poderes, em uma relação dialética do macro poder com a institucionalização dos micro poderes, as múltiplas formas de dominação social.

Objetivo da sua análise mostrar ao mundo, como o neoliberalismo articula institucionalmente para impor sobre a sociedade civil o domínio político e econômico.

Com efeito, a natureza das formas veladas dos domínios diversos, a serviço de uma ideologia, cujo objetivo e concentração da renda nas mãos daqueles que detém os meios produtivos.

Sendo que Foucault sempre fora um estudioso de Nietzsche, percebe desse modo, a relação entre o poder e o saber, sobretudo na dialética direta do ter.

Em uma sociedade, que determina pela produção de um discurso supostamente verdadeiro, funcionando como cimento ideológico de sustentação das formas de controle, motivo dos múltiplos poderes funcionais.

Foucault como Nietzsche procura compreender a ideologização do bem, contrariamente, o mal, considerando as noções de valores, a função dos interesses políticos.

O que é considerado bom, depende em sua essência, da determinação do conceito do que é a verdade, sendo a mesma diretamente proporcional o que é sadio, conceitos os quais dependem das ideologias do poder, e, dos modos de domínio e controle social e político.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.