Leviatã Teoria de Estado em Thomas Hobbes. Vestibular Fuvest.

Teoria de Estado em Thomas Hobbes.

1588-1679.

Com as transformações políticas na Inglaterra, a partiu do século XVII, começam surgir novas concepções de Estado, a principal delas, elaborada por Thomas Hobbes.

Com a burguesia surge definitivamente no senário político, o nascimento das ideias liberais, entretanto, com a figura de Olivier Cromwel a tentativa de implantar políticas liberais, do mesmo modo, o modelo de Estado.

Após a sua morte, ideias reacionárias, a restauração da Monarquia. Hobbes em seus livros desenvolve apologia da defesa política do rei.

Portanto, formula seu pensamento político, em o Leviatã, no qual professa seu ateísmo, no entanto, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da sua doutrina de poder de Estado.

Com efeito, a nova formulação do mundo político, deixa o domínio puramente filosófico, objetivando atingir outros campos, a religião, a moral.

Abertura de uma nova concepção herdada do cartesianismo, sobretudo, em referência ao idealismo, por outro lado, a defesa de uma concepção de mundo, indutiva empírica, epistemologizada por Bacon.

Hobbes articula uma exegese sistematizando a lógica dedutiva do pensamento conservador, faz uso ideológico da moral a respeito de uma suposta antropologia humana, contrapondo o pensamento de Rousseau.

Sendo que Rousseau defende a tese que o homem é essencialmente bom, porém deteriorado pelas instituições políticas, em função da prevalecência das classes dominantes.

Para Hobbes, contrariamente, a natureza humana, é ruim, essencialmente egoísta, objetiva tão somente seus interesses, motivo pelo qual é necessário a formulação de um pacto político.

Desse modo, é necessário que todos abdiquem de seus direitos, aceitando uma autoridade única, que tem em mãos todos os direitos e poder, com objetivo de proteger a sociedade política. Com efeito, Hobbes defende o despotismo político, poder absolutista.

Entretanto, a diferença fundamental, em referência ao Antigo Regime, admite o pacto social, como propósito da renúncia coletiva dos direitos.

No entanto, seu absolutismo não tem raízes metafísicas ou teologias transcendentais, não é mais deus quem justifica as formas do poder político.

Toda forma de poder em seu livro Leviatã origina tão somente por meio do pacto social, porém não reconhece a forma mista de poder entendido, como Monarquia Constitucionalista, contrário também, a divisão democrática do mesmo, formulado com a divisão dos poderes, o que só foi aceito, com a revolução burguesa, as teorias de Montesquieu.

Concebe o pacto social, como poder onipotente do rei, dando ao referido meios para desenvolver a paz e o crescimento econômico da sociedade. Em sua visão só o rei poderá ser soberano, não está submetido a nenhuma lei, de algum modo, o rei é o próprio Estado.

Desse forma, o rei é a fonte de todas as leis, e, não o parlamento, não se deve confiar em sistemas políticos, pois são revolucionários, no sentindo de destruir a legitimidade do rei.

O pensamento reacionário de Hobbes, levou retardar o desenvolvimento das ideias liberais na Europa, particularmente na Inglaterra.

Portanto, a nova concepção política liberal só foi possível com o desenvolvimento das ideias políticas com John Locke-1632-1704, com a efetivação da revolução gloriosa, tendo como personagem central Guilherme de Orange.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 07/04/2016
Reeditado em 08/04/2016
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