O silêncio da infinitude dos olhares.
A origem de partículas e partículas.
Perdidas a imensidão do vácuo.
Como se fossem os últimos sinais.
O que devo dizer a não ser a filosofia epicuriana.
Deserticamente ao olhar das forças.
Soltas ao ar destroçado.
A predileção oculta dos dizeres.
O pensamento ressaltado.
As formas densas da única substância possível.
A destinação prescrita.
A exuberância de um segredo escondido.
Aos intervalos do tempo.
Rochas a solicitude da imensidão.
Qual o motivo de tudo isso.
A não ser uma força perplexa.
A anti metafísica.
Entretanto, o que surpreende.
A inutilidade do entendimento.
Como se fosse de importância fundamental.
No entanto, tudo que serve.
A própria ignorância.
Criando hordas de irracionalidades.
Coisas inexistentes como reais.
Jamais imaginando a não funcionalidade.
Tudo que faz é destruir o tempo.
Prejudicando o espaço.
O vazio solitário e inerte.
Da compreensão improcedente.
Sem saber qual o motivo dos sonhos perdidos.
Esperando o tempo efetivar a intenção.
Como se fosse o eixo das determinações.
Exatamente as acepções morfológicas.
Destinadas às inquietudes perpendiculares.
Algo imprescindível deixando de ser.
Sem saber qual o significado apofântico dos sonhos.
A imaginação das vozes.
Que se perdem.
No mais absoluto silêncio do futuro.
Sendo que o fundamento deixa de ser.
Sendo que coisas que tem que desaparecer.
Do seu futuro.
O ápice da loucura.
A cada instante dissimulado.
O reflexo da curiosidade despertando a ternura.
Tudo que se pode dizer.
O descortinar das imaginações improcedentes.
No escuro da infinitude do tempo.
A mais absoluta improcedência.
Edjar Dias de Vasconcelos.