Análise Genealógica da Moral Sapiens.
Não existe uma essência humana.
Como muito bem refletiu Sartre.
O homem é a sua construção.
Piaget.
A sua memória como mundo representativo.
Schopenhauer.
Nada há a priori dentro da mente humana.
John Locke.
O mais absoluto vazio antes da construção.
Ou da assimilação construída.
O homem é o seu cérebro.
Inventado.
Quase sempre deformado.
Antonio Damásio.
Com efeito, o homem é a sua imaginação.
Ponty.
Uma vez definida constitui o comportamento humano.
Claude Lévi-Strauss.
A estrutura da memória.
O efeito, da linguagem.
Feuerbach.
Imagina uma mentira e transforma em verdade.
Fazendo da mesma ideologia.
Como são os regimes de políticos.
Os deuses criados pelos homens.
Invertendo a realidade dos fatos.
Com efeito, o homem.
É o seu mundo ideológico.
Portanto, não existe uma natureza humana.
O que há mesmo são antagonismos deformativos.
Contradições aberrantes.
O que é um bandido de rua.
Poderia ser qualquer homem.
O mais elegante possível.
A estrutura do meio determina o ser do homem.
De tal modo, que homem não recupera o ser de sua formatação.
Portanto, uma condição social determinante.
Uma vez estruturado a memória.
Praticamente impossivelmente a mudança.
Uma memória formatada a não ser ética.
De algum modo.
Eternamente a pessoa não será ética.
Da mesma forma o criminoso.
O mau caráter.
A grande questão antes do indivíduo não ter caráter.
A sociedade também não tem.
Ramente uma pessoa é ética.
Até porque quando é ética.
Vive do fruto de relações não éticas.
O que diria Nietzsche hoje.
É necessário o homem mudar o mundo ético.
Pela genealogia da moral.
Entretanto, superando a cultura.'
porém, como a cultura não é modificada.
Não existe mudança.
Só seria possível a pessoa mudar.
Se fizesse uma reestruturação de memória.
O que é praticamente impossível.
Por uma simples razão.
A memória é estruturada pelo meio.
Não pelo esforço pessoal do indivíduo.
Ou do psicanalista.
O que significa que do ponto de vista ético.
Todos os sapiens estão em uma mesma perspectiva.
A questão da corrupção.
Imaginar que é algo partidário.
Apenas ideologia política.
Engana-se.
Pois é da cultura latina.
Ser corrupta.
Não ter caráter definido.
O caráter é corroído.
O sapiens não é confiável sobre o aspecto moral.
Escolher alguém como bode expiatório.
Simplesmente, é desonesto.
Não que não tenha que condenar o corrupto.
O latino.
A respeito da sua vida moral.
A pessoa mais simples na escala social.
A mais elevada.
Perpassa todos os meios.
Motivo pelo qual é desanimador.
A imoralidade é uma estrutura psicológica social.
Política.
Latina, sobretudo.
Entretanto, em maior ou menor nível.
Está impregnada em outras culturas.
Como senso comum.
Faz parte do coletivo social.
É impossível reestruturar a memória do coletivo social político.
A lógica da imoralidade vem em grande parte do liberalismo econômico.
Razão pela qual sou pessimista.
As próprias instituições são formuladas como afirmações.
Cuja natureza de tais afirmações, fundamenta-se de algum modo na imoralidade.
Como por exemplo, a defesa da concentração da renda.
Como legitimidade institucional.
A riqueza é o resultado direto da mais valia não paga.
Ser rico é essencialmente imoral em todos os aspectos e fundamentos.
Com efeito, quem ficou rico, o resultado da ação foi imoral.
Pois deixou de pagar o devido valor do salário.
Ou cobrou por algo prestado acima do valor.
Quando um rico fala em ética ele está sendo irônico.
O fundamento do liberalismo econômico.
Sustenta-se em mentiras, roubos institucionalizados.
Desse modo, falar em ética no mundo liberal contemporâneo.
Constitui-se exatamente em cinismo.
O que existe na prática é um mundo não ético.
Constituído como ético.
Legitimado pelo Estado de Direito.
Pelo fundamento de uma pseudo democracia.
A razão de o mundo ser exatamente como é.
Jamais mudará se conservar tais perspectivas institucionais.
Entretanto, se a natureza do mundo não é ética.
Muito mais imoral roubar o fruto daquilo que as pessoas conseguiram.
Dentro da lógica de um mundo completamente imoral.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.