Pesquisa Científica a respeito das manifestações espirituais.

Durante o meu tempo de estudante de teologia, sempre pesquisei e tentei entender os fenômenos determinados como milagres, estudei profundamente o fenômeno compreendido com demonologia, o que significou o demônio na história da colonização do Brasil.

Desenvolvi um amplo estudo no campo de pesquisa, atingindo diversas religiões, não apenas de origem afro, mas, sobretudo, ocidental o cristianismo. Como aconteceu, sobretudo, o fenômeno mimético a miscigenação das religiões.

Tive uma passagem pelo Rio de Janeiro, onde estudei diversos terreiros da umbanda e candomblé, completando tais estudos na Ilha de Itaparica, Bahia.

Por outro lado, como nasci no Triangulo mineiro, região influenciada pelo espiritismo, estudei particularmente os possíveis fenômenos de reencarnação, por outro lado, as psicografias, trabalhos esses realizados em outras partes do Brasil.

O que relatarei aqui é uma breve síntese da minha experiência. Portanto, as psicografias estudadas por mim. Procurava médiuns os quais desenvolviam tal prática, mentia logicamente, inventando uma história, como alguém da minha família tivesse morrido bruscamente em um acidente.

O que percebia de imediato através da linguagem psicográfica, que a mesma era padronizada, em diversas regiões do Brasil, com fala organizada cognitivamente, exemplo todas as psicografias as quais estudei, o médium dizia, a respeito do suposto falecido, ele não está no mundo de luz, não aceitou a desencarnação, necessário muita caridade e oração.

A respeito de outros centros, um deles na ilha de Itaparica, conversando com uma mãe de santo, ela dizia que trabalhava com o espírito de Santo Antonio.

Como sempre fui estudioso dos santos, pelo fato de estar estudando para ser padre, fazia perguntas a dirigente do terreiro com objetivo de descobrir as contradições pela mentira. Perguntei ao suposto espírito de Santo Antonio, então o senhor nasceu na Itália, exatamente respondeu o espírito do santo, quando na verdade nasceu em Portugal.

Continuava buscando as contradições com objetivo de revelar as fraudes, Santo Antonio, o senhor falava muito bem o italiano e usava tal idioma para as pregações, Santo Antonio sempre confirmando como verdades as minhas proposições quando eram falsas, Santo Antonio sempre falou na língua oficial da Igreja o Latim.

O idioma italiano surgiu com a criação dos Estados modernos, antes os idiomas eram dialetos regionalizados, Santo Antonio, não poderia ter falado o idioma italiano, pois o mesmo não existia.

Disse ainda a Santo Antonio, o senhor nasceu na Italia e morreu no século XVIII, ele confirmou a sua origem de nascimento, me corrigiu dizendo, desencarnei, o século em referência exatamente como está dizendo.

Santo Antonio nasceu em Portugal no ano de 1195, o século XVIII referia a 1700.

Referi o senhor foi abençoado por deus, teve uma vida longa, aprendeu diversos idiomas, realizou muitos milagres, o espírito de Antonio confirmou minhas palavras como verdadeiras. Naquela época não existiam as diversidades dos idiomas, e Antonio morreu muito jovem com 35 anos.

Por último, perguntei ao espírito do Santo, o nome de batismo do senhor foi de fato Antônio? O suposto santo respondeu qual o motivo de estar duvidando?

A razão da pergunta à mãe de santo era simples, o nome real de Santo Antonio, Fernando de Bulhões, pertencia à ordem dos padres franciscanos, o jovem quando ordena a padre muda de nome, entretanto, o espírito de santo Antonio, me confirmou que seu nome verdadeiro sempre fora Antonio. Entretanto, a mãe de santo não sabia dessas informações.

A respeito da umbanda, desenvolvi um estudo nos morros do Rio de Janeiro nos anos 80 do século XX, realizei um mapeamento com dez mães de Santo, através de varias conversas realizando um levantamento técnico da linguagem de cada mãe.

Quando foram realizados os trabalhos espirituais, a manifestação do mesmo guia, repetia a linguagem técnica de cada mãe de santo, significando, que não era a manifestação do guia, entretanto, das próprias mães de santo.

O meu trabalho de compreensão do mundo religioso, fundamentou-se em técnicas científicas e não em ideologias, nunca objetivei combater manifestações culturais religiosas, mas como futuro padre precisa entender tais fenômenos.

Sendo que posteriormente abandonei a vida do convento, devido as mesmas manipulações com outras configurações a respeito da vida religiosa fundamentada no cristianismo ocidental. Entretanto, tudo isso me levou a um profundo ceticismo e naturalmente ao ateísmo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/01/2016
Reeditado em 23/01/2016
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