Uma análise psicológica para entender as práticas de corrupção.

O Estado de direito no Brasil nunca se sustentou politicamente, tão somente desejos institucionais, a realidade social funciona na sociedade cível por lógicas criminais.

Vivemos os últimos dias como se a esquerda brasileira fosse responsável pela corrupção, o que não é verdadeiro, o cidadão não é corrupto por ser político ou do PT, entretanto, por ser brasileiro.

A corrupção um fenômeno cultural, político e religioso, transformou-se em substrato psicológico, é normal ser bandido, as próprias instituições estão contaminadas, não é possível confiar em ninguém.

O maior erro é combater corrupção com ideologia, a opção política por um regime de direita. A direita é tão mais corrupta que a esquerda, sendo que a mesma objetiva retirar pelo menos em parte o poder das instituições que sustentam o Estado de Direito.

A corrupção e a ausência de ética, fenômenos naturais a nossa cultura, atinge as pessoas mais simples ao mais elevado escalão.

Portanto, não existe mais a categoria de suspeito, a sociedade política é essencialmente transviada e perigosa para o processo civilizatório, o crime está em todas as partes, do micro poder ao macro.

Nada mais imbecil que transformar a luta do combate à corrupção associada à esquerda, até porque a nova direita que se articula na América do Sul, deseja criar um novo Estado, cujas instituições não interfiram em regras comum de mercado, que os lobos programem a estratégia a sua própria caça.

Citarei situações comum da nova mentalidade definida pela ausência do caráter propositadamente, o roubo é a lógica do enriquecimento, certa vez levei uma televisão para orçamento a um possível concerto, primeiro orçamento, 300 reais, segundo 400, o último uma questão de tela motivo do orçamento ser de 600 reais.

Desisti com a visita do técnico da TV a cabo, constatou que o defeito, era um cabo de conexão, trocado faz dois anos que a televisão funciona perfeitamente.

O carro, não estava funcionando o dispositivo no qual liga o GPS, primeira oficina constatou que era um defeito de fiação dos cabos, revisão prevista por 300 reais, a segunda analise técnica semelhante, 350 reais, o terceiro constatou apenas um mal contato, reajustado solucionado o problema, a oficina não quis cobrar.

Eu tenho mais de 200 situações em que fui roubado, descreverei a ultima, internado em hospital com sinusite, diversos exames, um deles desnecessário, entretanto, coberto pelo meu plano, liberado do hospital, o meu convenio recusou pagar a cobertura, justificando que aquele exame não era necessário, mesmo tendo a cobertura do exame, o convenio não quis pagar, o meu convenio é de uma instituição famosa e rica.

O hospital mandou a conta para minha casa, se não pagasse teria consequência jurídicas, o meu convenio é tope, não se trata de um convenio comum.

Poderia escrever um livro de mil paginas exemplificando situações semelhantes acontecidas comigo ou com qualquer outro cidadão.

Com efeito, vivemos em uma sociedade organizada criminalmente, sendo que o crime é mais bem organizado quanto mais a pessoa tiver poder institucional, não refiro do ponto de vista de instituições do Estado de Direito, porém da sociedade civil.

Não existe caráter, isso é mito, não existe Estado de Direito, as instituições não são fortes e não exerce seu papel de proteger o Estado constituído, uma sociedade a margem, organizada criminalmente, a única saída seria a radicalização das Instituições ligadas ao Estado, condenando crimes diversos fundamentados em práticas institucionais como referi à questão do convenio médico. Tal perspectiva parece estar muito longe da efetivação jurídica da sociedade política.

Com efeito, o que vejo até o momento, é a ideologização da corrupção como ataque a esquerda, na substituição das ideologias a normalidade da sociedade política, o mais absoluto engano. A direita quer o Estado longe da moralidade ética.

Com efeito, o que está por trás da nova mentalidade, exatamente retirar por parte da elite à interferência do Estado as práticas não éticas do mercado produtivo. Portanto, o que virá posteriormente muito pior para a sociedade civil.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 29/11/2015
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