Um Livro, Uma Rede.
Não é exclusividade do cearense nem do baiano Dorival Caymmi gostar de uma rede. Ao agarrar-me com um bom livro é para a minha pequena varanda que vou deitar-me na minha rede, enquanto viajo através da leitura, como diria Silveira Bueno, em seu livro “Pelos Caminhos do Mundo”. Também já peguei uma carona num livro intitulado de “Memórias de Um Viajante”, de autoria de um alagoano, a quem poderia chamá-lo de conterrâneo de região, também da confluência de três estados nordestinos, Bahia, Pernambuco e Alagoas, no sertão do São Francisco.
Independentemente do tema do livro, ler é viajar no tempo e no espaço. Assim, posso dizer que, da minha rede, entre leitura e cochilos, já viajei pelos quatro cantos do mundo. Foi a partir dali que também me encorajei a conhecer in loco grande parte do que vi nos livros.
O menino que antes imaginava que o mundo terminava na linha do horizonte, agora, idoso, sabe que vai muito além. E, quando lá não vai fisicamente, vai através da leitura. É evidente que, com toda a modernidade, há outros meios de leitura, que também os utilizo. Mas, aqui pra nós, dispensar o livro e a minha rede, só quando não mais estiver neste adorado planeta Terra. Se pudesse, levaria para a eternidade, meu livro e minha rede debaixo do braço.