As desconstruções do conhecimento (parte 1)
Deus apresentou e ofertou a Moisés as taboas com as novas leis. As novas regras que deveriam ser cumpridas a partir daquele momento. Revogando todas as disposições contrarias e regras anteriores. Regras que deveriam ser cumpridas em respeito a autoridade máxima do conhecimento, o Criador.
A tomada de Constantinopla (1453) mudou a história do mundo a partir da Europa e o destino daqueles que habitavam o continente sul-americano, até então, supostamente desconhecido. Constantinopla a meio caminho da Europa e da Ásia foi ocupada (29/05/1453), por invasores vindos da Ásia, a Leste. Fato que obrigou alguns países, mercadores da Europa, a procurar outro caminho para chegar as Índias em busca de saberes e sabores que os diferenciavam uns dos outros. Lançaram-se ao mar: Cabral partiu o rumo ao Sul e Colombo rumo ao Oeste. Uma mudança de paradigma, a necessidade em obter as especiarias os obrigou a sair da Europa, pelos mais diversos motivos: descobrir um caminho marítimo ou provar que a Terra é redonda.
A cultura de um povo se constrói a partir dos seus hábitos e costumes começando pelo que usa como alimento, como prepara o alimento e como se alimenta. Entre animais e vegetais, e mais alguns minerais, inúmeras misturas e combinações associadas ao modo e ordem de preparo podem ser feitas criando-se uma culinária típica de um povo. Conhecimentos de saberes e sabores europeus foram alterados, tomaram outros rumos com a ocupação de Constantinopla. Vieram novas necessidades e novos desafios. Seus conhecimentos foram destruídos e desconstruídos, levando a uma necessidade de reconstrução de conhecimentos, associados ao passado e ao futuro, entre os novos e os antigos saberes e sabores.
Todo ponto de vista é a vista de um ponto. A partir do lugar onde viveu e conviveu, onde realizou experiências, vivencias e convivências. O local onde construiu seus conhecimentos e realizou seus estudos e suas pesquisas, na sociedade em que cresceu e pertenceu. O homem é resultado do meio onde vive e onde se forma. O homem transforma o meio e o meio transforma o homem, sendo o meio mais forte que o homem.
Duvidas sempre ficarão na história: O Brasil foi descoberto pelos portugueses com a chegada de Pedro Álvares Cabral? Ou teriam os índios habitantes do litoral, encontrado Cabral e sua esquadra à deriva, perdidos no litoral brasileiro? A primeira chegada ao Brasil teria acontecido no atual litoral da Bahia ou no atual litoral do Rio Grande do Norte? E os vestígios indecifráveis supostamente fenícios? Quando teriam passado por estas terras? Seriam resultados de visitas pelo mar em longas viagens com embarcações? Ou vestígios de quando os continentes eram mais próximos?
Cada qual contara a sua historia, sob o seus pontos de vistas: o de quem chega, o de quem parte e o de quem fica. O de quem passa e não fica, e os de quem recebem visitantes e ocupantes. Todo ponto de vista é a vista de um ponto, e cada um enxerga a partir do lugar onde pisa, com seus saberes e sabores adquiridos ao longo de uma existência.
Ciclos se repetem: vegetal, animal e mineral. Deus criou primeiro o céu e a terra compostos de minerais. Depois criou os vegetais, os frutos e as sementes. Daí então criou os seres vivos animais. Os europeus saíram de suas terras onde já exploravam minerais. Navegaram e avistaram terras cobertas de matas, encontraram índios e animais, e se encantaram com os minerais.
Descobridores amistaram-se com os índios, para descobrir animais, vegetais e minerais. Levaram aves e animais exóticos ou desconhecidos. Exportaram o pau Brasil, e passaram a exportar ouro e pedras preciosas. A história do Brasil antigo se divide em ciclos: animal, vegetal e mineral, da escravatura, da cana de açúcar, e do ouro.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 19/05/2014