Os Atomistas e a Ideia Moderna de Átomos.
Os principais fundadores da Escola Atomista foram Leucipo e Demócrito. Demócrito foi pupilo de Leucipo e enquanto o primeiro fez uma elaboração detalhada dos átomos, o segundo formulou as ideias principais sobre os mesmos; sabe-se que Leucipo foi pupilo de Zenão e que Demócrito (460 a. C - 370 a.C) nasceu após o nascimento de Sócrates. Muitos acreditam que os últimos pré-socráticos foram Leucipo e Demócrito.
"Átomo" vem do grego atomon, ou seja, aquilo que é indivisível ou "aquilo que não pode ser cortado". Mas, para os atomistas, a ideia base é que os átomos movem-se no Vazio, e no vácuo, sofrendo colisões entre eles. Cada colisão que os átomos sofrem, mais se formam estruturas derivadas dessa colisão. Sabemos que matéria é feita de agregados de átomos, fortemente unidos, ou não (a água é mais leve do que o ferro, então átomos de hidrogênio e oxigênio unem-se de forma fraca, diferentemente do ferro que é muito mais inexatos e duros).
Para os atomistas, à medida que mais átomos vão se colidindo, no Vazio infinito, universos vão se formando; os grandes vórtices, formados por essa movimentação de diferentes tipos de átomos, formam átomos de natureza semelhante. De acordo com Diógenes Laércio, Demócrito foi um dos escritores mais prolíferos da Antiguidade.
Demócrito ficou conhecido como o "filósofo sorridente", pois, na ideia dele, entraremos em um estado de graça perpétuo e de alegria de ser a partir do momento que conseguimos entender o átomo como sendo algo ligado às nossas emoções e sentidos.
Para a Ciência moderna, principalmente após o Iluminismo, o Átomo passou a ser visto através de experiências científicas mais rigorosas, principalmente por parte dos alquimistas. Niels Henrik David Bohr foi um dos alquimistas que colocou os átomos para ser vistos de perto. De que forma? Depois que Rutherford descobriu o núcleo atômico, Bohr passou a ficar curioso com o comportamento dos elétrons frente ao núcleo atômico.
Bohr viu que elétrons podem emitir energia eletromagnética a partir do momento que um determinado corpo recebe calor; os elétrons, para Bohr, deslocam-se em camadas com níveis de energia diferentes. Quando os elétrons sobem para uma camada mais distante do núcleo, eles ganham energia. Quando voltam para a camada de origem, eles perdem energia. Nesse vai e vem, há emissão eletromagnética para a fora do átomo.
James C. Maxwell, no séc. XIX, essa emissão de energia dada pelo átomo, sob variações significativas de temperatura, se dá de forma ondulatória. Sabemos que um elétron pode formar um campo elétrico e esse campo elétrico é perpendicular ao campo magnético que é formado a partir de fótons. A associação entre o campo elétrico e o campo magnético forma ondas eletromagnéticas que podem ser percebidas em forma de calor.
Os prótons são 1000 vezes maiores do que os elétrons. Apenas um próton: Hidrogênio. Se temos dois prótons: Hélio. Três prótons: Lítio. Quatro prótons: Berílio. Cinco prótons: Boro. Seis prótons: Carbono. Sete prótons: Nitrogênio. Oito prótons: Oxigênio, e por aí vai. Até chegar 92 prótons que é o Urânio que se for enfraquecido passa a ser o Tório com 90 prótons. A pergunta da Física é: "Por que o núcleo não estouraria se nêutrons e prótons vivem juntos?". Deveriam se repelir.
Há uma força chamada Força Forte que une prótons com nêutrons e está associada com os pósitrons. Não é eletricidade nem a gravidade! É a Força Nuclear.
Três núcleos de Hélio fazem o Carbono. Quatro núcleos de Hélio formam o Oxigênio, e por aí vai. Talvez a origem do universo, caso ele tenha surgido do nada, tenha evoluído dessa soma de forças nucleares. Já imaginou?
Se subtrairmos um próton e três neutrons do Mercúrio, nós o convertemos em Ouro (Au). Considere o Urânio: se quisermos retirar 2 prótons e 2 neutrons do Urânio, nós o convertemos em Tório. Já pensou na formação do Universo a partir dessa ideia?