As Descrições de Nietzsche.

Não compreendo o silêncio do amanhecer quando o sol desponta no infinito com plena luz, os meus olhos turvam-se diante do entardecer, a escuridão se faz naturalmente durante o dia.

Por trás de todas as concatenações discerníveis, existem coisas sutis, inatingíveis e ao mesmo tempo inexplicáveis. No entanto, não entendemos as ficções das irrealidades.

A desconexão a essas forças está acima de tudo que podemos compreender. O mundo é a intuição do mais elevado segredo, inventamos as representações, o único caminho que encontramos para preservar a linguagem.

Tudo que existe tem as mesmas origens, está interligado e interage com o cosmo. Não se pode tocar em nada sem provocar o universo. As conexões com o infinito são únicas.

O cosmo é um grande mistério, sentimos perdidos nas articulações das não explicações dos sintomas nas quais escondem o silêncio. Portanto, nada mais que o desejo de compreendemos o que seria a origem.

De onde é que viemos, quando antes era apenas o infinito e a ausência de todos os segredos a não ser o delírio de uma grande paixão, que sintetiza no mais absoluto medo, de sermos na prática o nada. O que de fato somos.

Antes eram apenas as realidades: O vácuo, o escuro e a temperatura negativa, de onde por meio do frio surgiram as primeiras partículas. A natureza é a priori em sua essência, a inexistência.

O mundo não foi feito por nós, nem mesmo pedimos para existirmos, estamos aqui na mais absoluta imposição.

Com efeito, somos obrigados a cuidar de outros, legalizados pela institucionalidade da democracia. O poder é a opressão.

A natureza não importa com a nossa existência, age indiferente a todos, como se não fôssemos existentes. A vida é cruel preocupa tão somente com sua sustentabilidade.

Como se não fizéssemos parte da natureza imaginamos ser ela própria. Mas quando o corpo tornar uma partícula presa na imensidão do universo, a percepção do vazio.

Tudo em nós será como se nunca tivéssemos existido, mas nesse momento somos o universo.

As demais coisas como refletiu a genialidade de Fernando Pessoa.

O resto é gente e alma.

Complica, fala, vê.

Tira-nos o sonho e a calma.

Nunca somos o que somos.

De nada ter razão de ser.

A única razão de ser das coisas é o infinito, vazio, escuro, frio e desértico.

A respeito do mundo.

Refletiu Platão aos membros da suprema corte. Estais enganados, se pensam que um homem de bem deve ficar refletindo ao praticar seus atos, sobre a possibilidade da vida ou de morte.

O homem de valor moral deve considerar apenas, em seus atos, se eles são justos ou injustos, corajosos ou cavardes.

Por fim, elaborou Nietzsche, as coisas se retornam eternamente ao nível da matéria, compete ao espírito, em referência a lógica racional, criar a verdadeira alma, uma vez que a essência não existe.

O mundo é frio e solitário, a única realidade é a ilusão, compete à sabedoria contemplar apenas o delírio. Portanto, um mundo alienado mergulha o homem na plenitude da loucura.

Os tempos históricos são apenas melancolias idiossincráticas, o que se devem esperar as dificuldades dos entendimentos.

As memórias complexas indeléveis entre o ser e o não ser dos permanentes enganos. O mundo define-se em última instância pelo deixar de ser, o que significa a morte da dialética.

As demais coisas são naturezas perdidas em óticas substanciais do medo, fluências não significativas.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/07/2015
Reeditado em 18/07/2015
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