A Solicitude do Tempo.

Faça o tempo esquecer.

À noite interminável.

O breu da intensidade.

Olhar do domínio.

Pensamento que deve parar.

O que é mais importante.

As chaminés indescritíveis.

Aviltando o do silêncio.

Vidro quebrado.

A imaginação distante.

Faça o instante refletir.

Levitam.

Espíritos perdidos.

Os telhados quebrados.

O sono não foi despertado.

Uma guerra ideológica.

Pelos os mesmos princípios.

Faça o tempo despertar.

A fantasia sumir.

A loucura do mundo.

Suas improcedências.

Um olhar triste e distante.

A solicitude.

O tempo não poderá ser pensado.

Uma guerra interminável.

Das instituições.

Faça o sonho sonhar.

A luz que apaga ao despertar.

Compreendas então.

Vossas linguagens.

Imenso mistério.

Inestimável.

Faça o olhar se perder.

Na dimensão do infinito.

O soluço causado.

Pela tristeza das cinzas.

A beleza das flores.

Brotarem no deserto.

Entenderás, com efeito.

Seus dizeres.

Os campos abertos.

As vossas dimensões.

Nem mesmo o sorriso.

Suas significações.

Os sinais esquecidos.

Perdidos nas complexidades.

Sem sentidos.

O tempo.

Homens irrisórios.

O que se deve querer.

Um mundo calado.

O povo tossindo.

Alguém sentado.

Na ponta de um trilho.

Solitariamente sonhado.

O que seria o futuro.

Caminhos curvados.

Imaginação moribunda.

A reação da tristeza.

Como se fosse o destino escolhido.

Serão vossos falares.

Em uma manhã melancólica.

Destinação sem perspectiva.

As questões fundamentais transformadas em cultura.

Melhor o sono profundo.

A transposição do desejo.

A ilusão da vontade.

Como será seus pisares.

A magnitude perdida.

Sem enxergar.

Deveria dizer ao canto alheio.

As vossas ponderações.

Não será o mundo.

Muito menos o tempo.

A ficção dos inícios.

Reconstruídos.

Se tivesse o poder.

Do entendimento.

Não adianta pensar.

Ter olhos.

Conseguir falar.

Construir morfologias.

Acepções.

Tautologias predestináveis.

O silêncio é maior que o pensamento.

O que se deve procurar.

O andarilho da imensidão.

O infinito voando.

O tempo construindo o sussurro.

Sentimental.

A repetição da eternidade.

Como se fosse o presente.

Os sinais silogísticos.

De seus calcanhares.

A solidão imensa.

Como últimos resquícios.

Das folhas caídas.

Ao meio da floresta.

Não descoberta.

O que se deve apenas.

Nesse momento.

Fixar o olhar.

Entender a distância possível.

Posteriormente.

Dizer a intimidade.

Foi um engano.

A indiscrição.

O povo quieto.

As idiossincrasias passando.

Mundos imensos.

Suas ondulações.

O que sereis.

Portões fechados.

Neves ao ar.

Em pleno verão.

A incansável contemplação.

Das últimas significações.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 13/07/2015
Código do texto: T5309205
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