"A linguagem segundo Novalis!"
Em estudos profundamente avançados para a época, Novalis afirma que a linguagem consistiria em um organismo independente, de maneira que a linguagem criadora apresentaria uma supremacia do significante em detrimento de seu significado. Assim, a ausência de referência revelaria a verdadeira natureza da língua: a linguagem é, então, personificada, autossuficiente.
O que une a linguagem e a realidade não é uma relação de subordinação, mas um pertencer comum à mesma natureza.
Desta forma, a língua não precisaria de uma referência exterior para poder significar, uma vez que o sentir estaria acima do saber.(Não é lindo?) Por meio da linguagem, o homem encontraria uma forma de buscar os vestígios do povo original, já que aquela faria parte do Todo Orgânico do qual o homem partiu:
Linguagem que era milagroso canto, com uma melodia irresistível que atingia o mais fundo da Natureza e o analisava. Cada um dos sons parecia a palavra que libertava a alma de todos os corpos. Com verdadeira força criadora, as suas vibrações suscitavam todas as imagens dos fenômenos do universo.
O poeta capaz de compreender a linguagem em sua essência constituiria verdadeiro Gênio, ao qual caberia resgatar o todo original por meio da poesia: “existiram homens que a natureza escolheu para filhos diletos e favoreceu com a dádiva da percepção interior.
Em sua caminhada pelo mundo, o poeta-gênio, diferentemente do homem “comum”, estaria apto a ler o verdadeiro “livro do mundo”:
O mundo não é um conjunto de coisas mas de signos: o que denominamos coisas são palavras. Uma montanha é uma palavra, um rio é outra, uma paisagem é uma frase. E todas essas frases estão em contínua mudança: a correspondência universal significa uma perpétua metamorfose. O Texto que é o mundo não é um texto único: cada página é a tradução e a metamorfose de outra e assim sucessivamente.
Em estudos profundamente avançados para a época, Novalis afirma que a linguagem consistiria em um organismo independente, de maneira que a linguagem criadora apresentaria uma supremacia do significante em detrimento de seu significado. Assim, a ausência de referência revelaria a verdadeira natureza da língua: a linguagem é, então, personificada, autossuficiente.
O que une a linguagem e a realidade não é uma relação de subordinação, mas um pertencer comum à mesma natureza.
Desta forma, a língua não precisaria de uma referência exterior para poder significar, uma vez que o sentir estaria acima do saber.(Não é lindo?) Por meio da linguagem, o homem encontraria uma forma de buscar os vestígios do povo original, já que aquela faria parte do Todo Orgânico do qual o homem partiu:
Linguagem que era milagroso canto, com uma melodia irresistível que atingia o mais fundo da Natureza e o analisava. Cada um dos sons parecia a palavra que libertava a alma de todos os corpos. Com verdadeira força criadora, as suas vibrações suscitavam todas as imagens dos fenômenos do universo.
O poeta capaz de compreender a linguagem em sua essência constituiria verdadeiro Gênio, ao qual caberia resgatar o todo original por meio da poesia: “existiram homens que a natureza escolheu para filhos diletos e favoreceu com a dádiva da percepção interior.
Em sua caminhada pelo mundo, o poeta-gênio, diferentemente do homem “comum”, estaria apto a ler o verdadeiro “livro do mundo”:
O mundo não é um conjunto de coisas mas de signos: o que denominamos coisas são palavras. Uma montanha é uma palavra, um rio é outra, uma paisagem é uma frase. E todas essas frases estão em contínua mudança: a correspondência universal significa uma perpétua metamorfose. O Texto que é o mundo não é um texto único: cada página é a tradução e a metamorfose de outra e assim sucessivamente.